O governo brasileiro está considerando reintroduzir o horário de verão em 2025. Essa medida surge em resposta a preocupações com a capacidade do sistema elétrico do país. O horário de verão foi abolido em 2019, mas o aumento da demanda de energia gera discussões sobre a sua retomada, especialmente devido ao risco de apagões.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta, no Plano de Operação Energética para 2025, a necessidade de intensificar as ações para garantir o suprimento de energia. No entanto, ainda não há uma decisão final sobre o assunto.
A proposta para o retorno do horário de verão visa principalmente reduzir a carga sobre o sistema elétrico durante os horários de pico. A demanda por energia tende a aumentar ao anoitecer, momento em que a produção de energia solar e eólica cai. Assim, a reintrodução do horário de verão é vista como uma forma eficiente de gerenciar a demanda energética.
Os potenciais benefícios incluem uma melhora no sistema elétrico nacional. Ao antecipar o pico de consumo para momentos em que há mais luz solar, é possível diminuir a necessidade de utilizar usinas térmicas, que são mais caras e poluentes. Além disso, essa medida pode ajudar a aliviar a pressão sobre os reservatórios das hidrelétricas, especialmente em períodos de seca.
Entretanto, a crescente utilização de fontes renováveis, como a solar e a eólica, apresenta desafios. Essas fontes são intermitentes, ou seja, não conseguem atender completamente a demanda durante a noite. Nesse contexto, o horário de verão se apresenta como uma alternativa prática e econômica para equilibrar a demanda energética e garantir a estabilidade do sistema.
