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Como Israel administra diversas frentes de guerra no mundo

Israel se encontra em uma situação complicada, enfrentando cinco frentes de combate ao mesmo tempo, o que resulta em altos custos militares, financeiros e sociais. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, a resposta do governo de Benjamin Netanyahu desencadeou uma guerra em Gaza que perdura até o momento. Em resposta à violência, o Exército israelense teve que lidar com novos conflitos, como os ataques do grupo libanês Hezbollah ao norte de Israel.

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A resposta de Israel aos ataques de Hezbollah evoluiu para uma guerra em que, segundo analistas, o grupo foi significativamente enfraquecido. Além disso, Israel iniciou ofensivas contra os houthis do Iémen, que começaram a atacar o país durante a ofensiva em Gaza. O exército israelense tem atacado portos e cidades controladas por esta milícia.

Com a instabilidade na Síria, Israel aproveitou a situação para expandir seu controle sobre as Colinas de Golã, realizando ataques periódicos contra milícias aliadas ao Hamas. Para Israel, grupos como Hamas, Hezbollah, houthis e milícias sírias são vistos como extensões de uma ameaça maior: o Irã.

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Desde junho de 2022, uma escalada de conflitos com o Irã tem se intensificado, com bombardeios mútuos e um confronto aberto. A dúvida agora é até quando Israel conseguirá sustentar tantas operações militares simultaneamente.

O ex-oficial de inteligência Frank Ledwidge destaca que Israel possui “Forças Armadas formidáveis”, o que ajuda a manter a pressão militar. O governo Netanyahu, apesar dos altos gastos com guerra, goza de considerável apoio político. Uma pesquisa revelou que 83% dos judeus israelenses apoiam bombardeios ao Irã, o que reforça o apoio ao governo.

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O orçamento militar de Israel em 2024 aumentou 65%, alcançando US$ 46,5 bilhões. Aproximadamente 8,8% do PIB do país é destinado ao esforço militar, colocando Israel entre os maiores gastos militares do mundo. A Força Aérea israelense é considerada superior, equipada com caças avançados que possibilitam ataques significativos ao Irã.

Israel possui um complexo sistema de defesa que inclui o Domo de Ferro, responsável por interceptar mísseis de curto alcance. Porém, os mísseis iranianos têm conseguido atingir alvos israelenses, mostrando que o sistema não é infalível.

A mobilização de reservistas tem sido intensa, com Israel convocando centenas de milhares de soldados desde o início da guerra em Gaza. A convocação afeta a economia e a vida pessoal desses militares, gerando descontentamento, especialmente entre os que veem que a carga de combate não é dividida igualmente entre todos os grupos da sociedade, como os ultraortodoxos, que frequentemente são isentos.

O governo de Netanyahu, mesmo enfrentando desafios internos, contou com o apoio de figuras da oposição em sua campanha contra o Irã. Críticos à sua gestão em Gaza se tornaram menos ouvidos devido à urgência do conflito. As tensões internacionais aumentaram, especialmente com a forte crítica à violência em Gaza, mas o ataque ao programa nuclear iraniano não recebeu a mesma atenção.

Os custos da guerra são alarmantes, com gastos diários estimados em cerca de US$ 750 milhões, não considerando os danos diretos das operações militares. A guerra em Gaza já custou a Israel cerca de US$ 67 bilhões. A capacidade de Israel de manter esses altos gastos a longo prazo é questionável, mas por enquanto a economia do país se mostra resiliente. No entanto, os especialistas alertam que a tensão e os custos significativos associados às operações militares podem gerar problemas futuros para o país.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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