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Encontrado novo buraco feito para zerar cofre de agência da Caixa

Em Sumaré, uma pacata cidade no interior de São Paulo, a rotina foi quebrada por uma descoberta digna de um filme de assalto. Debaixo do asfalto, escondido dos olhos de todos, um plano audacioso e milionário estava a poucos metros de se concretizar. Uma quadrilha, operando em silêncio absoluto, cavou um túnel de 50 metros que terminaria dentro do cofre de uma agência da Caixa Econômica Federal.

O plano era perfeito, uma obra de engenharia do crime que lembra o famoso assalto ao Banco Central em Fortaleza. Contudo, um detalhe inesperado, uma denúncia de funcionários de um posto de gasolina vizinho, colocou tudo a perder para os criminosos. Eles notaram um buraco suspeito no chão e, ao acionarem a polícia, revelaram uma trama que poderia ter resultado em um dos maiores roubos da história recente do estado.

A Polícia Militar, com apoio do Corpo de Bombeiros, chegou ao local e o que encontraram foi assustador. Uma passagem subterrânea, escavada ao lado de uma galeria de águas pluviais, com estrutura para levar os ladrões diretamente ao seu prêmio.

A grande questão que paira no ar agora é: quem são os “tatus” por trás dessa operação cinematográfica e quão perto eles chegaram de sumir com milhões?

A engenharia do crime: um plano de mestre

Cavar um túnel de 50 metros não é para amadores. Exige tempo, planejamento, conhecimento de engenharia e, claro, muito dinheiro para financiar a operação. A quadrilha por trás do túnel de Sumaré demonstrou um nível de sofisticação que assusta as autoridades.

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  • Extensão: 50 metros de comprimento, o equivalente a meio campo de futebol, cavados debaixo da terra.
  • Localização estratégica: O túnel começava em um ponto discreto e seguia uma rota precisa, usando uma galeria pluvial como guia para chegar ao cofre da agência da Caixa.
  • Logística silenciosa: A remoção de toneladas de terra e a operação de escavação aconteceram sem que ninguém na vizinhança percebesse, o que indica um trabalho metódico, provavelmente realizado durante meses.

Até o momento, ninguém foi preso, e a Polícia Federal, que assumiu o caso, está em uma caçada frenética por imagens de segurança e pistas que possam levar aos responsáveis por essa obra do crime.

O fantasma do Banco Central de Fortaleza

A descoberta em Sumaré imediatamente traz à memória o maior assalto a banco da história do Brasil, o roubo ao Banco Central em Fortaleza, em 2005. Naquela ocasião, os ladrões cavaram um túnel de quase 80 metros e levaram R$ 164,7 milhões.

O túnel de Fortaleza era uma obra-prima de engenharia, com escoras de madeira, iluminação, ventilação e até ar-condicionado.

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Embora o túnel de Sumaré seja um pouco menor, ele segue o mesmo modus operandi, mostrando que essa tática de assalto, embora complexa e arriscada, continua no radar das grandes quadrilhas especializadas.

A investigação e o medo que fica

Com o túnel descoberto e isolado, a preocupação das autoridades agora é dupla. Primeiro, garantir a segurança estrutural da área, já que a escavação pode ter comprometido o solo sob as ruas e edifícios próximos.

Segundo, e mais importante, é descobrir quem são os membros dessa organização criminosa. A ousadia do plano indica um grupo bem financiado e com experiência. A polícia agora corre contra o tempo para capturá-los antes que eles tentem um novo e talvez bem-sucedido “buraco para o inferno” em outro lugar.

Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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