Boxeador Julio César Chávez Jr. é detido nos EUA por vínculos com Cartel de Sinaloa

O boxeador mexicano Julio César Chávez Jr., filho da lenda do boxe Julio César Chávez, foi detido nos Estados Unidos com o intuito de ser deportado, conforme anunciado pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA. A detenção ocorreu em Studio City, um bairro do norte de Los Angeles, na última quarta-feira.
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Chávez, que tem 39 anos e já foi campeão do peso pluma, possui uma ordem de prisão ativa no México, onde é acusado de envolvimento com o crime organizado, especificamente tráfico de armas, munições e explosivos. As autoridades americanas também alegam que ele é membro do Cartel de Sinaloa, uma organização criminosa considerada uma ameaça à segurança pública.
Recentemente, a Procuradoria Geral da República do México confirmou que Chavez Jr. estava sendo investigado desde 2019 e que ele enfrenta acusações de tráfico de armas desde 2023. O presidente do México, Claudia Sheinbaum, expressou sua esperança de que Chávez seja deportado e cumpra uma pena no México.
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No último sábado, Chávez Jr. sofreu uma derrota em uma luta televisionada contra o youtuber e boxeador Jake Paul, o que chamou ainda mais atenção para a sua situação. Logo após a detenção, seu pai pediu que fosse garantido o devido processo legal e que não houvesse julgamentos apressados. A família expressou seu apoio incondicional a Julio, afirmando que confiam em sua inocência e nas instituições de justiça dos Estados Unidos e do México.
De acordo com o DHS, ninguém está acima da lei, incluindo atletas famosos, e mensagens claras foram enviadas para aqueles associados a cartéis no país. Anteriormente, em dezembro de 2024, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA havia alegado que Chávez Jr. representava uma ameaça significativa, mas sob a administração Biden, ele foi considerado de baixa prioridade para aplicação da lei migratória, o que resultou em sua permissão para reentrar no país.
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Chávez Jr. estava buscando a residência permanente nos Estados Unidos, tendo se casado com uma cidadã americana, identificada como Frida Muñoz, que tem laços familiares com o Cartel de Sinaloa, uma vez que foi parceira de Édgar Guzmán López, filho de Joaquín “El Chapo” Guzmán.
Em janeiro de 2024, o boxeador foi preso em Los Angeles por posse ilegal de arma e posteriormente condenado. A situação atual dele coloca em destaque uma complexa rede de relacionamentos e alegações que podem levar a novas repercussões legais tanto nos Estados Unidos quanto no México.
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