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Bacwsn investirá US$ 427 milhões em segurança aeronáutica

Executivos da Bahamas Aviation, Climate and Severe Weather Network Ltd (BACSWN) anunciaram um plano de 427 milhões de dólares para melhorar a segurança da aviação e a monitoração climática no país. Essa iniciativa inclui a instalação de 26 sistemas automáticos de observação meteorológica (AWOS), 109 radares e três radares secundários monopulsos. Os detalhes desse projeto foram compartilhados durante uma entrevista em rádio.

Michael Strachan, conselheiro financeiro do BACSWN, destacou que esses novos sistemas fornecerão dados meteorológicos em tempo real para todos os aeroportos em operação nas Bahamas. Atualmente, estão disponíveis apenas nove AWOS. Ele afirmou que essas instalações são essenciais para garantir a segurança nas decolagens e pousos, uma vez que oferecerão informações automáticas sobre as condições climáticas, como leituras de altímetro, que são fundamentais para os pilotos.

Além dos sistemas de monitoramento, os novos radares permitirão um controle mais abrangente sobre um dos espaços aéreos mais movimentados do mundo, o que ajudará tanto na segurança dos voos quanto na capacidade de monitoramento de tempestades. Robert Dupuch-Carron, fundador da BACSWN, observou que a empresa já investiu cerca de 4 milhões de dólares para modernizar o equipamento do Departamento de Meteorologia e enfatizou que essa iniciativa é financiada de forma privada.

Dupuch-Carron ressaltou que os fundos são recursos próprios da empresa e os benefícios incluem céus mais seguros, infraestrutura aprimorada e novas oportunidades para jovens profissionais. Em maio, o governo das Bahamas assinou um Acordo de Cabeça com a BACSWN para criar o primeiro Escritório de Vigilância Meteorológica NextGEN da região, alinhado à agenda climática do primeiro-ministro e à modernização da infraestrutura nacional.

Os executivos da BACSWN também informaram que seis ambulâncias de padrão aeronáutico foram encomendadas para as Ilhas Famílias e devem ser entregues até o final do ano. Esses veículos, projetados para situações de múltiplas vítimas, serão financiados por taxas de sobrevoo assim que a rede estiver em operação.

Strachan explicou que cerca de 700 mil voos atravessam o espaço aéreo das Bahamas todos os anos, mas apenas uma parte das taxas permitidas é coletada. Ele defendeu a reestruturação dessas tarifas como crucial para a sustentabilidade do sistema e para o financiamento da capacidade de emergência médica nos aeroportos das Ilhas Famílias. A proposta de taxa seria de 750 dólares por voo, com 500 dólares destinados ao governo. Segundo ele, essa cobrança representa apenas dois centavos e meio por passageiro por milha, um custo que não impactaria significativamente as companhias aéreas.

A educação também está no centro do projeto. A BACSWN se comprometeu a oferecer dez bolsas de estudo de 25 mil dólares cada para estudantes bahamenses em ciências atmosféricas, com o objetivo de formar mais de 100 meteorologistas nos próximos quatro anos. Parcerias já foram firmadas com universidades dos Estados Unidos e da África do Sul.

Dupuch-Carron relatou que a ideia para o projeto surgiu após sua experiência durante o furacão Joaquin, quando foi questionado sobre sua proximidade do mar e incentivado a correr para se proteger. Esse episódio destacou a falta de dados confiáveis de previsão meteorológica e reforçou a necessidade de sistemas mais robustos.

Os trâmites regulatórios para o projeto já estão em andamento, e o Escritório de Vigilância Meteorológica modernizado deve estar em operação até janeiro de 2026. Dupuch-Carron finalizou enfatizando a responsabilidade de garantir que a próxima geração de bahamenses tenha as ferramentas necessárias para enfrentar as mudanças climáticas.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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