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Apertem os cintos: o medo continua atual após anos

“28 Years Later” estreia nos cinemas nesta sexta-feira, dia 20 de junho. O filme é uma sequência de “28 Days Later”, um marco no gênero de filmes de zumbis que revitalizou a temática no início dos anos 2000. Dirigido por Danny Boyle e roteirizado por Alex Garland, o novo longa busca refletir sobre as consequências e a evolução do medo e da violência após desastres, como os atentados de 11 de setembro e crises mais recentes, como o Brexit e a pandemia de COVID-19.

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Na trama, o vírus da Raiva, que transforma pessoas em criaturas agressivas, foi contido, e um novo cotidiano se formou no Reino Unido. A história segue Spike, um adolescente de 14 anos que vive em Holy Island, uma comunidade fortificada. Em sua primeira experiência como caçador, Spike, interpretado por Alfie Williams em sua estreia no cinema, sente a tensão entre a inocência da infância e a dureza do mundo ao seu redor, enquanto se depara com os horrores da infecção.

O relacionamento de Spike com seu pai, Jamie, interpretado por Aaron Taylor-Johnson, é central para a narrativa. Jamie, que viveu a ascensão do vírus na juventude, tenta guiar Spike em um ambiente desafiador. Embora seja um pai paciente, ele frequentemente exagera as habilidades do filho, o que provoca insegurança em Spike. A relação deles se complica ainda mais com a condição da mãe, Isla, vivida por Jodie Comer. Ela sofre constantes episódios de confusão e dor, obrigando Spike a assumir um papel de cuidador, o que acelera seu amadurecimento.

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O filme enfrenta um desafio: a saturação de obras sobre zumbis desde o lançamento de “28 Days Later”. A ação está bem coreografada, mas a mimetização por outros filmes pode minimizar o impacto original. Novas espécies de infectados são introduzidas, incluindo os chamados “Alpha”, criaturas poderosas que elevam a tensão nas cenas. Embora as sequências de ação sejam emocionantes, Boyle e Garland optam por explorar questões emocionais em vez de se restringirem à violência.

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A filmagem de “28 Years Later” foi feita principalmente com iPhones, uma escolha que permite uma cobertura dinâmica e envolvente nas cenas de ação. Apesar de serem telefones, os equipamentos usados têm lentes de alta qualidade, capturando com beleza as paisagens da Grã-Bretanha, em contraste com a Londres desolada do filme anterior.

O enredo também apresenta Kelson, um personagem enigmático interpretado por Ralph Fiennes, que representa um lado obscuro da humanidade em um mundo já devastado. Sua chegada impulsiona a narrativa em direção a um clímax impactante, destacando as transformações e desafios enfrentados por Spike.

“28 Years Later” promete trazer reflexões profundas sobre a natureza humana em cenários extremos, enquanto reinventa uma narrativa que ainda ressoa com o público contemporâneo.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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