A residência do Diretor Executivo do The New York Times, Joseph Kahn, foi vandalizada na manhã da última sexta-feira. O ato ocorreu em um prédio em Greenwich Village, onde paredes e escadas frontais foram cobertas com tinta vermelha e graffiti. Em frente aos degraus, uma mensagem dizia: “Joe Kahn mente, Gaza morre”.
Esse tipo de descontentamento não é surpreendente, uma vez que o jornal tem enfrentado críticas por sua cobertura do conflito em Gaza. Recentemente, a sede do The New York Times, localizada em Times Square, também foi vandalizada, com uma mensagem similar escrita em tinta vermelha.
Até o momento, a polícia de Nova York não registrou nenhuma prisão relacionada a esse incidente, e a investigação continua em andamento. O The New York Times informou que está colaborando com as autoridades para resolver o caso. Um porta-voz do jornal afirmou que as pessoas têm o direito de discordar da cobertura, mas que atos de vandalismo que afetam indivíduos e suas famílias ultrapassam os limites aceitáveis.
Esse tipo de vandalismo com tinta vermelha tem se tornado comum entre ativistas que protestam contra a guerra, atingindo prédios que recebem figuras políticas, jornais e outras instituições. Nos eventos que se seguiram aos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro e a subsequente ofensiva israelense em Gaza, várias pessoas foram presas durante uma demonstração a favor da Palestina na qual manifestantes ocuparam o saguão do The New York Times.
Recentemente, manifestantes em várias partes dos Estados Unidos têm chamado a atenção sobre a necessidade de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. O conflito teve início após um ataque surpresa do Hamas que resultou em 1.200 mortes e 251 sequestrados, dos quais 48 ainda permanecem em Gaza e, segundo as autoridades israelenses, apenas 20 estão vivos. Já o número de mortos em Gaza aumentou para 63.025 pessoas, com mais de 159.490 feridos desde o começo da guerra, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde Palestino.
