O advogado Cezar Bitencourt, que representa o tenente-coronel Mauro Cid, está preparado para apresentar sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF). O tribunal começou, nesta terça-feira, o julgamento de Cid, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus, todos acusados de tentativa de golpe de Estado.
Durante sua argumentação, o defensor destacou que Mauro Cid não estava no Brasil durante os eventos de 8 de janeiro, quando ocorreram invasões consideradas golpistas. Bitencourt alegou que Cid não esteve envolvido em nenhum ato de mobilização ou planejamento desses eventos, questionando as evidências que tentam ligá-lo às acusações. Segundo o advogado, as afirmações feitas contra Cid são baseadas em suposições e especulações, o que ele considera inaceitável.
Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, é visto como uma peça-chave na investigação. Ele é o único réu a ter firmado um acordo de colaboração premiada, permitindo que ele forneça informações relevantes. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Cid teria atuado como intermediário entre o ex-presidente e alguns dos outros acusados, participando de reuniões e mantendo contatos com outros militares que também são réus no processo.
A defesa de Cid argumenta que as acusações contra ele estão baseadas em excessos e narrativas que não possuem provas concretas, desconsiderando garantias legais fundamentais. O julgamento segue em um momento importante para a Justiça Brasileira, e as alegações dos defensores e acusadores poderão influenciar a decisão do STF.
