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Adaptação de Guillermo del Toro na Netflix estreia em Veneza

O diretor Guillermo del Toro apresentou sua versão da clássica história de Frankenstein durante o Festival de Cinema de Veneza. Em uma conversa com Ted Sarandos, executivo da Netflix, del Toro revelou que sempre quis adaptar tanto “Pinóquio” quanto “Frankenstein”. Após o sucesso de seu trabalho em “Pinóquio”, que foi lançado em 2022, ele começou a se preparar para a nova adaptação.

Del Toro, reconhecido por seu amor por criaturas fantásticas, disse que sua visão de Frankenstein é um projeto que o acompanha desde a infância. Ele citou a performance de Boris Karloff no filme de 1931 como uma grande influência. O cineasta decidiu esperar até que as condições criativas fossem adequadas para transmitir a grandeza da história e conseguir reconstruir todo o mundo da narrativa.

Com 149 minutos de duração, “Frankenstein” se divide em três partes: uma introdução e duas versões da história, contadas a partir das perspectivas de Victor Frankenstein e sua criação. A obra não apenas explora a infância do cientista, mas também oferece um olhar sobre o sofrimento do ser que ele criou. Em sua produção, del Toro buscou minimizar o uso de computação gráfica e optou por cenários reais para ajudar a evocar performances mais autênticas dos atores.

Oscar Isaac interpreta Victor Frankenstein, enquanto Jacob Elordi dá vida à criatura. Elordi entrou no projeto em cima da hora, após Andrew Garfield ser forçado a sair devido a conflitos de agenda causados por uma greve de atores em Hollywood. Jacob revelou que, apesar do pouco tempo para se preparar, estava animado por fazer parte do projeto.

A reação inicial do filme foi mista, com alguns críticos destacando a beleza visual e a ambição da história, enquanto outros apontaram a falta de profundidade. No entanto, muitos elogiaram a produção pela sua grandiosidade e pelo forte apelo visual.

Del Toro, um dos diretores mais admirados de sua geração, é conhecido por humanizar seus monstros e evocar empatia dos espectadores. Ele expressou a intenção de apresentar a criatura como um ser “recém-nascido”, buscando oferecer uma nova perspectiva sobre a figura tradicionalmente vista como vilã.

O filme reflete sobre questões humanas profundas e não se pretende apenas uma metáfora para a inteligência artificial, mas sim uma exploração sobre o que significa ser humano em tempos difíceis. Del Toro enfatiza a importância de entender a complexidade da humanidade, que não pode ser reduzida a binários simplistas.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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