’28 Years Later’ filmado no iPhone 15 Pro Max, sem publicidade para a Apple

Câmeras de Smartphone em Cinema: O Caso de “28 Years Later”
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A evolução das câmeras de smartphones tem gerado bastante discussões, especialmente com empresas como a Apple destacando as capacidades de seus aparelhos. Apesar disso, esses dispositivos ainda não se tornaram comuns em produções cinematográficas de alto nível. Um novo filme que gerou expectativa nesse sentido foi “28 Years Later”, que conta em parte com filmagens realizadas com o iPhone 15 Pro Max. Contudo, a proposta pode não ser a revolução que alguns esperavam.
O filme, que é uma continuação do clássico “28 Days Later”, foi apresentado como um marco no uso de smartphones em cinema. Entretanto, ao assisti-lo, a impressão é de que ele não necessariamente definirá uma nova tendência na indústria. Embora “28 Years Later” seja bem recebido por sua narrativa e impacto, isso não significa que abrirá portas para a filmagem profissional com smartphones.
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A produção utilizou uma variedade de equipamentos para suas filmagens, que ocorreram em uma região remota do norte da Inglaterra. Além do iPhone, drones e outros tipos de câmeras de peso leve foram incorporados, permitindo maior flexibilidade e agilidade nas gravações. Essa abordagem é uma continuidade do que foi visto no primeiro filme, que usou uma câmera digital Canon XL1, considerada ultrapassada atualmente, mas que naquela época trouxe vantagens em mobilidade.
Os iPhones usados na filmagem foram incorporados a suportes e lentes profissionais, criando um sistema que ampliava o campo de visão. Em algumas situações, esse sistema de múltiplos iPhones possibilitava um efeito visual interessante, conhecido como “bullet time”, que oferece uma visão panorâmica. Apesar desses recursos, a qualidade da imagem não impressiona quando comparada ao que é habitual em grandes produções de Hollywood.
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Uma das cenas impactantes do filme usa visão noturna, mas, ao assisti-la, ficou claro que a imagem apresenta falhas, o que pode ter sido intencional, mas também levantou questões sobre a qualidade da filmagem como um todo. Embora o iPhone 15 Pro Max não seja um dispositivo ruim, ele ainda não está à altura dos equipamentos de filmagem profissionais mais caros. A experiência visual nos cinemas pode desapontar os espectadores que esperam um padrão hollywoodiano.
Embora as câmeras de smartphones tenham avançado, a experiência de assistir a “28 Years Later” em uma sala de cinema pode ser contrariada pela qualidade da imagem, que muitas vezes transmite uma estética “suja” e “granulada”. Isso remete ao estilo característico do diretor Danny Boyle, que evita a perfeição visual típica do cinema tradicional, visando criar uma atmosfera mais realista e intensa, condizente com o conteúdo da narrativa.
Assim, fica claro que, embora o uso de smartphones em cinema possa ser inovador e interessante, não parece estar ameaçando o domínio das câmeras profissionais no futuro próximo. O filme “28 Years Later” é uma produção que vale a pena conferir, mas quem assistir deve estar preparado para uma estética que não é a glamurosa característica de Hollywood.
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