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VW lança plataforma elétrica que apoia motores a combustão

Já se passaram mais de quatro anos desde que a Volkswagen apresentou a SSP, sua nova plataforma elétrica. Inicialmente, a ideia era começar a produção mais cedo, mas alguns contratempos, especialmente na divisão de software, fizeram com que o lançamento fosse adiado até o final da década. Agora, a montadora está pronta para compartilhar mais detalhes sobre a SSP, e a grande novidade é que, apesar de ser uma plataforma elétrica, ela permitirá o uso de extensores de autonomia. Vamos entender isso melhor!

Esses extensores são pequenos motores a combustão que têm uma função bem específica: recarregar a bateria do veículo. A briga aqui é outra: diferentemente de algumas soluções que já existem, como no BMW i3 ou na picape Ramcharger, esses motores não se conectam diretamente às rodas. Em vez disso, eles atuam como verdadeiros geradores, seguindo a mesma linha da tecnologia e-Power da Nissan.

A Volkswagen já deixou claro que tem interesse nessa proposta. A marca Scout, que voltou com tudo para o mercado americano, já planeja lançar uma picape e um SUV com esse sistema. E na China, o conceito ID. Era está na fila, prometendo um SUV de três fileiras que também usará esse tipo de gerador.

Novidades sobre a plataforma SSP

A SSP será a nova base para todos os modelos elétricos do Grupo Volkswagen, substituindo plataformas como a MEB e a PPE. Um teaser divulgado pela marca mostra uma variedade de estilos de carroceria, desde hatchbacks até SUVs grandalhões.

Relatos da Automotive News indicam que pelo menos oito modelos diferentes estão previstos, cobrindo praticamente toda a gama do grupo. A expectativa é que os primeiros veículos com a SSP cheguem às ruas em 2026, começando pela China e, em seguida, pela Europa.

Extensores de autonomia: uma opção ainda incerta

Apesar de todo esse entusiasmo, o futuro dos extensores de autonomia ainda não é tão claro na Europa. Em uma entrevista, o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, mencionou que, por enquanto, os híbridos plug-in continuam sendo a escolha mais prática por lá. Desenvolver um sistema de extensor de autonomia pode ser muito caro. Ele acredita que os híbridos atuais já oferecem uma autonomia elétrica e carregamento rápido satisfatórios. Misturar as duas soluções ao mesmo tempo? “Não seria economicamente viável”, segundo Schäfer.

O que vem por aí?

Das notícias mais aguardadas é a chegada do Volkswagen Golf de nona geração, que será totalmente elétrico. A previsão é que ele chegue ao mercado no final desta década e coexistirá com o Golf a combustão por alguns anos. A produção do novo modelo será em Wolfsburg, enquanto a versão a combustão se mudará para Puebla, no México, a partir de 2027.

E não se esqueça: embora o Golf elétrico esteja no horizonte, a versão com motor a combustão ainda deve continuar disponível pelo menos até 2035, como disse o chefe de desenvolvimento técnico da VW, Kai Grünitz.

Quem é entusiasta de carros sabe como as coisas podem mudar rapidamente. E quem está sempre na estrada, sentindo na pele as inovações e os desafios do dia a dia, com certeza aguarda ansioso por tudo isso!

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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