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Toyota táxi voador: Conheça a tecnologia que pode transformar o trânsito urbano — Prepare-se!

Sabe aquela cena futurista em que carros voam pelos céus das cidades? Pois ela está prestes a sair dos filmes para virar realidade — e a Toyota quer te levar junto nessa jornada.

Com um investimento bilionário e uma aposta ousada em inovação, a marca japonesa se posiciona como líder de um dos movimentos mais aguardados da mobilidade urbana: o táxi voador elétrico.

O segredo dessa transformação está na parceria estratégica da Toyota com a Joby Aviation, empresa americana especialista no desenvolvimento de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical, conhecidas como eVTOLs.

A relação começou em 2019 e só ficou mais forte: até maio de 2025, a Toyota já acumulava US$ 894 milhões em aportes na Joby, incluindo uma rodada de US$ 250 milhões que a fez se tornar a maior acionista individual da companhia, ultrapassando até mesmo o próprio CEO da Joby. Hoje, a Toyota detém 15,3% das ações e tem voz ativa no futuro dos céus urbanos.

Mas afinal, por que tanto dinheiro e esforço em algo que parece tão distante do nosso dia a dia? O objetivo principal é acelerar a chegada dos táxis aéreos comerciais, desde o processo de certificação junto à Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) até a expansão industrial da Joby.

A empresa está na penúltima etapa para obter o certificado de operação, um dos maiores desafios do setor, e a Toyota coloca toda sua experiência de manufatura a serviço dessa conquista. Novas fábricas estão sendo erguidas na Califórnia para dobrar a produção e garantir eficiência digna do famoso Sistema Toyota de Produção.

Engenheiros das duas empresas trabalham lado a lado para otimizar métodos, criar ferramentas e até desenhar componentes fundamentais. Essa união vai além do investimento: em 2023, um contrato de longo prazo garantiu que a Toyota seja a fornecedora oficial de powertrain e atuadores das aeronaves. Ou seja, do chão de fábrica ao céu, cada detalhe tem dedo japonês.

Os táxis aéreos da Joby já chamam atenção pelo design inovador e características impressionantes: são elétricos, levam um piloto e quatro passageiros, atingem até 322 km/h e percorrem mais de 240 km por carga.

O silêncio é outro diferencial — durante decolagem e pouso, chegam a ser cem vezes mais silenciosos que helicópteros tradicionais. A promessa é clara: oferecer viagens rápidas, sustentáveis e quase sem ruído por dentro das grandes cidades. Ideal para fugir do congestionamento e ganhar tempo.

O plano é começar a operar já em 2025, com cidades como Nova York, Los Angeles e Dubai entre as primeiras a receber o serviço. Parcerias estratégicas, como com a Delta Air Lines, reforçam a confiança de que o táxi voador será uma opção real para quem busca agilidade. Até agora, a Joby já realizou mais de 33 mil milhas de voos de teste, incluindo demonstrações públicas em Nova York e, mais recentemente, no Japão, perto do Monte Fuji.

A aposta não é apenas tecnológica, mas estratégica. A Toyota se reposiciona como uma empresa de mobilidade, não só de automóveis. O sonho de voar, presente na família Toyoda desde o fundador Kiichiro até Akio Toyoda, finalmente ganha asas.

De olho em um mercado que, segundo estimativas do Morgan Stanley, pode movimentar US$ 1 trilhão até 2040, a Toyota enfrenta concorrentes de peso: Stellantis (parceira da Archer Aviation), Hyundai (com projetos junto à Uber) e outros nomes como Lilium, Volocopter e Xpeng Aeroht disputam cada milha desse céu em transformação.

O impacto já é visível no mercado financeiro. Após o anúncio do investimento de US$ 250 milhões em maio de 2025, as ações da Joby dispararam 25% na bolsa de Nova York. A repercussão nas redes também foi imediata, com postagens chamando a iniciativa de “Uber dos céus” e elogiando o protagonismo da Toyota na mobilidade aérea.

Claro, não faltam críticas: há quem questione se esse tipo de inovação será acessível ou restrito a um público de alto poder aquisitivo, já que os preços prometem ser similares ao Uber Black — um desafio para democratizar o serviço.

Por trás do glamour tecnológico, existem obstáculos sérios. A certificação da FAA é demorada e rigorosa, o custo das aeronaves ainda é alto e a concorrência busca seu espaço a cada novo anúncio.

O risco é grande, mas o potencial de transformação é ainda maior. Se tudo der certo, a Toyota vai muito além dos carros que já conhecemos e coloca seu nome na história como uma das marcas que tornaram possível o sonho de voar pela cidade.

E você, já imaginou pedir um táxi voador pelo celular e chegar ao destino em minutos?

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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