As tensões comerciais estão mudando a dinâmica do mercado automotivo global, e isso afeta todos, desde montadoras até os apaixonados por carros. As políticas tarifárias adotadas pela administração do ex-presidente Donald Trump deixaram muitos em alerta, especialmente os fabricantes japoneses e europeus, que estão sentindo os impactos na pele.
Recentemente, o governo japonês divulgou que, em abril, as exportações para os EUA caíram em 1,8% se compararmos ao mesmo mês do ano passado. Essa foi a primeira queda desde dezembro, e é um reflexo da diminuição na demanda por veículos e também por equipamentos como os utilizados na fabricação de chips. Quem gosta de tecnologia automotiva certamente percebe como isso influencia a disponibilidade de modelos novos no mercado.
Apesar dessa pequena queda, o Japão teve um crescimento de 2% nas suas exportações gerais. Contudo, esse número é abaixo dos 4% registrados no mês anterior, o que deixou o governo japonês preocupado. Tóquio está se esforçando para negociar com Washington e evitar agravar a situação.
A preocupação maior fica nas tarifas que podem aparecer: uma geral de 24% e uma específica de 25% sobre veículos, aço e alumínio, com início previsto para julho. O Japão, que produz cerca de 9 milhões de veículos anualmente, manda por volta de 1,5 milhão para os Estados Unidos. Outros 1,4 milhão cruzam a fronteira via México e Canadá. Se você já passou pela correria de uma autorização de importação, sabe como essa situação pode fazer a cabeça de qualquer um ficar a mil.
No cenário europeu, as coisas não estão mais tranquilas. As tarifas que podem chegar a 50% sobre produtos da União Europeia também estão no radar, gerando apreensão e adiando decisões. O CEO da Volvo, por exemplo, já sinalizou que pode suspender as exportações do SUV elétrico EX30, feito na Bélgica, se não houver um acordo. Imagina só: você esperando o lançamento do carro dos seus sonhos e ele é barrado por questões comerciais!
Enquanto a Europa treme, o Reino Unido conseguiu um acordo que limita as tarifas a 10% para suas montadoras. Isso deixou alguns fabricantes americanos em estado de alerta, já que eles continuam enfrentando tarifas mesmo ao produzir em lugares como o México e o Canadá. É um verdadeiro jogo de xadrez para ver quem sai ganhando.
Com toda essa confusão, tanto o Japão quanto a União Europeia estão focados em evitar prejuízos maiores por meio de novos acordos, mas a incerteza persiste. Isso pode influenciar a idade média da frota de veículos nos EUA, algo que todos nós que usamos o carro no dia a dia devemos ficar de olho. Afinal, essas mudanças no mercado podem impactar a nossa garagem também.
