A milhares de quilômetros de distância, em Washington, uma “canetada” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a desencadear um terremoto no mercado de carros que vai atingir em cheio o seu bolso aqui no Brasil. Em sua mais nova ofensiva protecionista, Trump ameaça impor uma tarifa brutal de 50% sobre todo o cobre importado, e essa decisão, que parece distante, é o estopim para uma escalada de preços que pode deixar os carros novos absurdamente mais caros.
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Essa nova tarifa se soma a uma série de outros impostos que já estão em vigor sobre o aço, o alumínio e diversas autopeças, criando uma tempestade perfeita para a indústria automotiva global.
O resultado, alertam os especialistas, será inevitável: um aumento de milhares de reais no preço final dos veículos, tanto nos EUA quanto no Brasil.
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Mas como uma taxa sobre o cobre pode ter um impacto tão devastador? E quanto essa guerra comercial de Trump pode realmente custar para você, consumidor brasileiro, que sonha em trocar de carro? Prepare-se, pois a conta dessa briga vai chegar, e ela será salgada.
O veneno do cobre: o metal que está em todo o seu carro
Você pode não ver, mas o cobre é o sistema nervoso do seu carro. Ele está em toda parte. É um metal essencial, e taxá-lo em 50% é como colocar um imposto sobre o sangue que corre nas veias da indústria.
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- Onde ele está escondido?
- Em quilômetros de chicotes elétricos que conectam tudo.
- Nos pequenos motores que controlam os vidros elétricos, os bancos e os limpadores de para-brisa.
- No rádio, no alternador, no motor de partida e nos sistemas de refrigeração.
- O pesadelo dos elétricos: Se nos carros a combustão o cobre já é vital, nos elétricos ele é o protagonista. Eles usam uma quantidade muito maior de fios de cobre, tornando-os ainda mais vulneráveis a essa nova tarifa.
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O efeito dominó: a tempestade perfeita de impostos
A tarifa sobre o cobre não vem sozinha. Ela se junta a um pacote de medidas protecionistas de Trump que já estão encarecendo a produção de carros no mundo todo.
- Imposto sobre aço e alumínio: Essenciais para a carroceria, o chassi e o motor.
- Imposto sobre autopeças: Diversos componentes importados, de semicondutores a peças de acabamento, também já são taxados.
Essa combinação cria um “efeito dominó” perverso. O custo da matéria-prima sobe, o custo de produção da peça sobe, o custo de montagem do carro sobe e, na ponta final, quem paga a conta é você.
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A facada no bolso: o preço da guerra comercial
É difícil prever o valor exato, mas as estimativas são assustadoras. A consultoria especializada AlixPartners já havia calculado que as tarifas sobre o aço e o alumínio, sozinhas, poderiam aumentar o custo de um carro vendido nos EUA em até US$ 2.000 (cerca de R$ 11.000). Com a nova tarifa de 50% sobre o cobre, esse valor pode disparar ainda mais.
E no Brasil? Nós seremos atingidos em cheio.
- Carros importados: Ficarão diretamente mais caros, pois o custo de produção na origem aumentou.
- Carros nacionais: Mesmo os carros fabricados no Brasil usam uma infinidade de componentes e matéria-prima importados. Com o custo global desses insumos subindo, o preço dos carros “brasileiros” também vai aumentar.
A conclusão é inevitável: a guerra comercial de Trump não é um problema dos americanos. É uma onda de inflação que está vindo na nossa direção e que vai tornar o sonho do carro novo ainda mais distante para o brasileiro.
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