Depois de quase 20 anos dando show nas pistas e nas ruas, o famoso Nissan GT-R R35 se despediu oficialmente em fevereiro. Mas calma, fãs do “Godzilla”! O legado desse ícone não acabou. A Nissan já confirmou que uma nova geração está a caminho, e não estamos falando de um simples facelift. Vem aí um superesportivo híbrido, com um novo coração, mas a mesma alma que deixou os entusiastas apaixonados desde a era do Skyline.
Só que, infelizmente, essa nova era ainda vai demorar a chegar. A previsão é que o próximo GT-R seja lançado entre 2027 e 2029. Portanto, preparem-se, porque vamos esperar pelo menos três anos para ver esse monstro nas ruas. Será que a espera vai valer a pena? Vamos te contar tudo o que já sabemos (e o que podemos esperar) desse futuro campeão. Prepare-se para guardar um dinheirinho!
Fim de uma era, começo de outra
O Nissan GT-R R35 estreou em 2007 e rapidamente se tornou um símbolo de desempenho, tecnologia e boa relação custo-benefício entre os superesportivos. Ele sempre teve um preço mais acessível se comparado a Ferraris e Lamborghinis, trazendo um baita retorno por cada gota de combustível. Após 18 anos em produção, a Nissan anunciou que o modelo atual estava com os dias contados, e a comoção entre os fãs foi grande.
Mas a Nissan não abandonou o projeto, e durante o Salão do Automóvel de Nova York, o diretor da marca, Ponz Pandikuthira, confirmou que o GT-R voltará — e voltará com tudo.
Híbrido sim. Elétrico? Ainda não…
Nos últimos anos, muitos rumores sugeriram que o GT-R poderia se tornar totalmente elétrico. Conceitos futuristas como o Nissan Hyper Force alimentaram essa ideia, mas segundo Pandikuthira, um GT-R elétrico ainda não está nos planos. A explicação é simples: a tecnologia atual ainda não suporta a demanda que um carro como o GT-R precisa para arrasar nas pistas.
Imagina dar uma volta em Nürburgring e precisar parar para recarregar por horas? Isso definitivamente não é a cara do GT-R. Aqui, a autenticidade e o desempenho são o foco.
O novo GT-R será híbrido (e isso é uma ótima notícia)
A Nissan escolheu um caminho que mistura inovação e tradição com um sistema híbrido. A ideia é combinar o famoso motor V6 biturbo, que sempre foi a assinatura do R35, com um motor elétrico que traz eficiência e torque imediato.
Ainda não sabemos exatamente como será essa configuração híbrida. Pode ser um sistema leve, como os mild hybrids, ou um robusto estilo plug-in hybrids (PHEVs), que permite rodar um bom tempo só no modo elétrico. O que já se sabe é que a autonomia no modo EV deve girar em torno de 110 km, o que exigiria uma bateria de aproximadamente 30 kWh. Isso faz com que o novo GT-R se aproxime de um híbrido plug-in de alta performance, como os novos McLaren Artura e Ferrari 296 GTB — mas com a pegada única da Nissan.
“Antes de tudo, precisa ser um GT-R”
Pandikuthira deixa claro que a ideia não é apenas eletrificar por eletrificar. Para a Nissan, o GT-R deve continuar sendo um símbolo de tradição e emoção. “Você não pode simplesmente criar um carro elétrico com tração dianteira e chamá-lo de GT-R. Boa sorte com isso”, ele brinca. O novo modelo deverá manter o DNA de performance em pista, com testes intensos no lendário Nürburgring, onde o GT-R sempre brilhou.
O que já se sabe sobre o projeto
Embora ainda falte bastante até o lançamento, já dá para ter uma ideia do que podemos esperar. Confira:
- Motorização: V6 biturbo com um ou mais motores elétricos.
- Autonomia elétrica: Cerca de 110 km no modo EV.
- Design: Agressivo, inspirado no conceito Hyper Force.
- Tecnologia: Integração total entre tração e regeneração de energia.
- Data de lançamento: Entre 2027 e 2029, coincidindo com os 20 anos do R35.
- Plataforma nova: Base totalmente inédita, preparada para suportar o desempenho da nova geração híbrida.
Por que o novo GT-R precisa de tempo?
Três anos (ou mais) pode parecer muito, mas desenvolver um superesportivo híbrido de alto desempenho não é tarefa fácil. Especialmente quando se trata de um carro com tanto legado quanto o GT-R.
A Nissan sabe que qualquer erro pode desagradar seus fãs exigentes. Lembre-se, esse não é só mais um carro; é um ícone global que tem seguidores atentos a cada detalhe, desde o primeiro Skyline GT-R, lá nos anos 60. Por isso, essa espera é estratégica. A montadora quer garantir que o novo GT-R honre o legado, enfrentando desafios como sustentabilidade, eficiência e eletrificação.
O que esperar do futuro GT-R?
Com tudo isso em mente, dá para imaginar como será o novo GT-R:
- Mais limpo (graças ao híbrido),
- Mais potente (junto do torque elétrico e poder do V6),
- Mais tecnológico (com infotainment, controle dinâmico e modos de condução),
- E, claro, mais rápido – porque isso é inegociável para um superesportivo japonês.
Se a Nissan conseguir manter um preço competitivo, em comparação aos europeus, o novo GT-R pode revolucionar a indústria novamente, assim como o R35 fez em 2007.
E o preço?
Ainda não há estimativas oficiais, mas considerando o alto custo de desenvolvimento e as tecnologias envolvidas, é bem provável que o novo GT-R chegue com valores acima dos atuais, talvez passando a casa dos US$ 150.000. No Brasil, com os impostos, não seria surpresa se ultrapassasse os R$ 1,2 milhão.
O legado continua
O GT-R sempre foi mais do que um carro; é um símbolo de superação e performance acessível, dentro do possível. Se a nova geração conseguir equilibrar tradição e inovação, mantendo o espírito “Godzilla” vivo, tem tudo para escrever mais um capítulo glorioso na história da marca.
E aí, vai encarar?
Com o novo GT-R híbrido confirmado, já dá para sonhar com o futuro. Sim, vai demorar, mas a Nissan parece determinada a fazer valer cada segundo da espera. Agora, me conta: você teria coragem de encarar essa nova máquina ou ainda prefere a brutalidade do R35? Já está pensando em guardar uma graninha para, quem sabe, ter esse monstro na garagem?
