Nissan GT-R pode ganhar nova geração com motor a combustão

Chegou um momento triste para os fãs de carros: a Nissan confirmou o fim da produção do icônico GT-R R35. Após 18 anos na estrada, o esportivo japonês se despediu com cerca de 48 mil unidades produzidas desde seu lançamento em 2007. O último modelo? Um T-Spec Premium, pintado na famosa cor Midnight Purple, e entregue a um sortudo cliente no Japão.
O GT-R não é apenas mais um esportivo; ele conquistou um lugar especial no coração de muitos entusiastas. Fez história nas pistas, brilhou em telonas e até marcou presença nos videogames. Quem não se lembra de ver aquele Nissan prata com listras azuis, pilotado por Brian O’Conner, vivido por Paul Walker, em Velozes e Furiosos? Ele apresentou o Skyline para uma nova geração.
Um projeto de vida
Hiroshi Tamura, o “pai” do R35, dedicou sua carreira a criar algo que rompesse as barreiras. Ele trouxe para o projeto um V6 biturbo e uma transmissão de dupla embreagem, em vez do tradicional motor de seis cilindros e câmbio manual. Simplificando, ele acreditava que ter apenas dois pedais era a chave.
E não é que a escolha dele realmente deu certo? O GT-R acumulou uma quantidade impressionante de vitórias, incluindo cinco campeonatos na GT500 e três na GT300 do Super GT japonês. Também deu o que falar em competições internacionais, como nas 12 Horas de Bathurst, onde se destacou em 2015, e no Blancpain GT Series Pro-Am em 2013. E quem esteve por lá em Nürburgring sabe: em 2013, um GT-R Nismo fez um tempo de arrasar de 7min08s679.
Não é um adeus definitivo
Ivan Espinosa, o novo CEO da Nissan e um entusiasta como nós, tranquilizou os fãs, dizendo que esse não é um adeus permanente. Ele tem planos de trazer o nome GT-R de volta quando a hora certa chegar. Mas aqui vai um alerta: o sucessor ainda vai demorar. Os planos estão em aberto, e o público vai ser ouvido antes de qualquer definição.
Recentemente, a Nissan revelou o conceito Hyper Force durante o Salão de Mobilidade do Japão. Esse protótipo chamou atenção não apenas pelo design moderno, mas também por ter um motor 100% elétrico de nada menos que 1.341 cv e a promessa de chegar a 320 km/h. Uau, não?
Futuro na incerteza
Ainda assim, detalhes sobre o que será o futuro do GT-R continuam indefinidos. A marca admite que não tem um plano fechado. Pode ser um carro totalmente elétrico, híbrido ou até mesmo continuar com motor a combustão. É uma época de mudança na indústria, e o futuro é uma caixa surpresa.
O R35 sai de cena como um dos esportivos mais icônicos do Japão, com 18 anos de produção ininterrupta. Para quem gosta de histórias sobre carros que vão além do comum, vale lembrar que o Toyota Land Cruiser da Série 70 está em produção contínua desde 1984, mantendo-se firme por mais de quatro décadas.
Tamura deixou um recado para os fãs: o principal objetivo de qualquer GT-R deve ser sempre colocar um sorriso no rosto de quem o dirige. Ele pede paciência, lembrando que o mundo automotivo é cheio de reviravoltas e novas oportunidades.