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Produção paralisada! Nissan interrompe produção de carros; vai sair de linha?

A Nissan, uma das maiores e mais tradicionais montadoras do mundo, vive um drama que parece roteiro de filme. Nos Estados Unidos, a empresa acaba de anunciar a paralisação da produção de três de seus veículos mais importantes em suas gigantescas fábricas: a picape Frontier e os SUVs Pathfinder e Murano. A decisão, que afeta a exportação para o Canadá, é uma resposta direta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.

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O cenário na América do Norte é de crise. A empresa, que já enfrenta dificuldades globais, com rumores de cortes de empregos e atrasos de salários, agora se vê forçada a frear sua produção em um de seus maiores mercados.

Mas, enquanto a “casa cai” nos Estados Unidos, do outro lado do continente, em uma reviravolta surpreendente, a história é completamente diferente.

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E se eu te dissesse que, ao mesmo tempo em que a Nissan pisa no freio nos EUA, aqui no Brasil ela está com o pé no acelerador, investindo bilhões, contratando centenas de pessoas e transformando sua fábrica no Rio de Janeiro em seu novo porto seguro?

A “fuga” da Nissan das políticas de Trump pode ser a maior oportunidade da história para a nossa indústria.

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A ‘paralisação’ nos EUA: Frontier, Pathfinder e Murano na ‘geladeira’

A decisão da Nissan nos Estados Unidos foi drástica. A produção dos modelos com especificações para o mercado canadense foi simplesmente retirada da linha de montagem nas fábricas do Tennessee e do Mississippi.

O motivo? As tarifas de importação impostas pelo governo Trump tornaram a operação financeiramente inviável.

O presidente da Nissan Américas, Christian Meunier, afirmou que é uma “suspensão” e que a produção pode ser retomada se houver um acordo para o fim das taxas. Mas, por enquanto, as máquinas estão paradas.

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O ‘oásis’ de Resende: o investimento de R$ 2,8 bilhões e a exportação do novo Kicks

Enquanto isso, a 9.000 quilômetros de distância, na fábrica da Nissan em Resende (RJ), o clima é de festa e otimismo. A empresa está no meio de um ciclo de investimentos de R$ 2,8 bilhões para modernizar e ampliar sua produção no Brasil.

  • Contratações em Massa: Apenas nos últimos meses, a Nissan contratou 400 novos funcionários para a fábrica, que agora opera em dois turnos.
  • Fábrica 4.0: A planta recebeu 98 novos robôs e mais de 200 veículos guiados automaticamente, se tornando uma das mais modernas do país.
  • O Novo Herói Nacional: O resultado de todo esse investimento, o novo Nissan Kicks, mal foi lançado no Brasil no início de julho e já começou a ser exportado. O Paraguai foi o primeiro destino, e em breve ele chegará a outros países da América do Sul.

Veja mais: Nissan vai exportar carros elétricos produzidos na China

A ‘troca’ de poder: o Brasil como a nova ‘joia da coroa’ da Nissan?

O contraste entre os dois cenários revela uma clara mudança de estratégia da gigante japonesa. Enquanto o ambiente de negócios nos EUA se torna mais hostil e protecionista, o Brasil, com seus novos programas de incentivo à indústria, como o Mover, se torna um “oásis”, um porto seguro para investimentos de longo prazo.

A crise de lá, ao que tudo indica, virou a nossa sorte. A “fuga” da Nissan dos problemas americanos está consolidando a fábrica de Resende como uma das mais importantes da montadora no mundo e transformando o Brasil em uma poderosa plataforma de exportação de carros modernos para toda a nossa região.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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