Trabalho garantido até 2050: porque apostar na indústria de carros elétricos

Em meio a um cenário de incertezas econômicas e do medo da desindustrialização, uma pergunta assombra o trabalhador brasileiro: “qual será o futuro dos empregos no nosso país?”. Nós vemos as indústrias tradicionais perdendo força e nos preocupamos com o que virá pela frente.
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Enquanto isso, uma revolução silenciosa está acontecendo nas nossas ruas e nas nossas garagens. A “invasão” dos carros elétricos, que muitos ainda veem com desconfiança ou como uma ameaça à indústria automotiva que já temos, está mudando o jogo.
Mas, e se eu te dissesse que essa revolução, que parece ameaçadora, é na verdade a nossa maior esperança?
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E se, por trás da troca dos motores a combustão pelos elétricos, estivesse vindo um verdadeiro “tsunami” de prosperidade, capaz de dobrar o número de empregos no setor e de criar uma nova era para a indústria nacional? Pois é exatamente isso que um novo e importante estudo, apoiado pela ONU, acaba de revelar.
A ‘profecia’ da ONU: o ‘milagre’ de dobrar os empregos até 2050
Um estudo de peso, realizado por algumas das maiores universidades do Brasil (como a Unicamp e a USP) e com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), fez uma projeção de cair o queixo. Segundo a pesquisa, a transição completa para a produção de carros elétricos no Brasil tem o potencial de, nada mais, nada menos, que dobrar o número de empregos no setor automotivo até o ano de 2050. É uma geração de postos de trabalho em uma escala que não se via há décadas.
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A ‘mina de ouro’ das baterias: o coração da nova indústria
Mas de onde viriam tantos empregos novos? A resposta não está apenas na linha de montagem dos carros. O grande motor dessa revolução, a verdadeira “mina de ouro” da nova economia, será a indústria de baterias.
Cada carro elétrico precisa de uma bateria grande e complexa, e a demanda por elas será gigantesca. O estudo prevê a criação de uma cadeia produtiva inteira no Brasil, que vai desde a extração de minerais como o lítio, passando pela fabricação das células, até a montagem e a reciclagem dessas baterias.
É um setor novo, de alta tecnologia, que nascerá do zero e que será o grande responsável por esse “tsunami” de vagas.
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Mas não é só emprego: o ‘salto’ na renda e a chance de virar potência
Os benefícios dessa revolução, segundo o estudo, vão muito além da quantidade de empregos.
- Renda 85% Maior: A pesquisa calcula que a renda total gerada por este novo setor será 85% maior do que a gerada pelo setor de carros a combustão.
- Renda Mais Bem Distribuída: Além de maior, essa riqueza será distribuída de forma mais equitativa pela sociedade.
- Potência Exportadora: Com a chegada de gigantes como a BYD e a GWM, que estão construindo fábricas no país, o Brasil deixará de ser apenas um consumidor para se tornar um grande exportador de veículos elétricos para toda a América Latina e outras regiões.
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Para que tudo isso aconteça, no entanto, o estudo alerta que o Brasil precisa continuar investindo em políticas públicas claras de incentivo, como o programa Mover.
O “tsunami” de empregos está se formando no horizonte. Preparar o terreno para recebê-lo é a grande missão do Brasil para os próximos anos.
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