Essa manobra que você faz todo dia pode gerar uma multa de quase R$ 200

Parece inofensivo, afinal, quem nunca deu aquela ré rápida para alinhar melhor o carro ou sair de uma vaga apertada? A manobra é comum e faz parte da rotina de qualquer motorista. Mas o que muitos não sabem é que ela pode, sim, gerar uma multa.
Engatar a marcha à ré, por si só, não é ilegal. O problema começa quando essa ação ultrapassa os limites da chamada “pequena manobra”. Quando feita de forma prolongada ou em locais inadequados, ela passa a configurar uma infração grave.
E o prejuízo não é pequeno: a multa pode chegar a R$ 195,23, além de cinco pontos na carteira. Saber quando a manobra é permitida e quando ela se transforma em infração é essencial para evitar surpresas desagradáveis.

Marcha à ré: quando é legal e quando vira infração grave
Segundo o Artigo 194 do Código de Trânsito Brasileiro, transitar com o veículo em marcha à ré só é permitido quando necessário para pequenas manobras — como sair de uma vaga de estacionamento ou reposicionar o carro. E mesmo nesses casos, é preciso garantir que não haja risco à segurança.
Ou seja, dar ré por longos trechos, em avenidas movimentadas, ou em locais com trânsito intenso, já configura infração grave. E vale lembrar: a intenção não importa. Mesmo que o motorista esteja tentando “acelerar o processo” ou “corrigir uma rota”, se houver risco, a multa é válida.
Outro ponto importante é a análise do contexto. A infração só se configura se a manobra for além do necessário ou causar perigo aos outros. Isso significa que o simples ato de engatar a marcha à ré, por si só, não é motivo de autuação.
O que pesa é o abuso da manobra. Se ela for feita de forma imprudente, extensa ou sem sinalização adequada, pode ser interpretada como um risco à segurança — e aí vem a penalidade.
Situações comuns que podem virar dor de cabeça
Imagine um motorista que entra em uma rua sem saída e, em vez de fazer o retorno de forma segura, decide voltar o trajeto todo em marcha à ré. Essa é uma infração clássica e bastante comum em áreas residenciais ou centros urbanos.
Outra cena recorrente é aquela tentativa de “atalho” no trânsito: ao perceber que errou o caminho, o condutor engata a ré em plena via movimentada para voltar ao cruzamento anterior. Além de perigosa, essa atitude configura infração grave.
Em estacionamentos, também há deslizes: dar ré em locais com pedestres, sem atenção ou sinalização, pode gerar multa se a manobra colocar outras pessoas em risco. O mesmo vale para saídas de garagem com visibilidade comprometida.
Essas atitudes, embora pareçam simples ou cotidianas, podem gerar um custo alto — tanto no bolso quanto em pontos na carteira. A atenção ao ambiente e ao uso correto da manobra faz toda a diferença.
Como evitar a multa e dirigir com mais segurança
A primeira dica é clara: só use a marcha à ré quando for realmente necessário, e apenas na extensão mínima indispensável. Se puder virar o carro, manobrar para frente ou procurar uma rota alternativa, opte sempre pela solução mais segura.
Sinalizar é essencial. Mesmo em manobras curtas, use o pisca-alerta quando necessário, observe os retrovisores e, se possível, peça ajuda para guiar — especialmente em locais de difícil visibilidade. Um pequeno cuidado evita grandes problemas.
Leia também:
- Escapamento alterado faz brasileiros perderem o veículo ou tomarem multa; entenda!
- Moto elétrica inovadora chega ao Brasil por valor inacreditável
- A segunda geração do Uno completa 15 anos de lançamento
Evite dar ré em cruzamentos, esquinas, rotatórias ou vias com tráfego intenso. Esses locais são mais propensos a acidentes e, por isso, qualquer manobra feita ali com risco pode ser entendida como imprudente.
Por fim, mantenha sempre a calma e o controle do veículo. A pressa é inimiga da prudência no trânsito. Se errar o caminho, prefira seguir em frente e fazer o retorno correto do que arriscar uma ré arriscada. Sua segurança — e seu bolso — agradecem.