Automotivo

Jeep Compass: a evolução que conquistou os motoristas

Não faz muito tempo, uma tendência nas redes sociais fez todo mundo compartilhar suas evoluções pessoais — seja na carreira, na aparência ou nas habilidades. E, convenhamos, quem não gosta de mostrar como ficou melhor com o tempo? Agora, se a gente fizer uma analogia com os carros, a Jeep, que agora é parte do grupo Stellantis, poderia muito bem se juntar a essa onda com sua linha de SUVs, especialmente o Compass.

Dizer que o Compass é um sucesso é praticamente redundante. Se você dá uma voltinha pelo asfalto, com certeza vai esbarrar em vários desses SUVs circulando por aí. Até o fim de 2024, foram mais de 466 mil unidades da segunda geração produzidas em Goiana, Pernambuco. Impressionante, né?

O Jeep da recessão

Mas antes da versão que conhecemos hoje, a Jeep ofereceu no Brasil a primeira geração do Compass, que ainda carregava os traços da parceria com a DaimlerChrysler, que aconteceu de 1998 a 2007. Lembra de como 2007 não foi um ano lá muito bom? A recessão global já estava batendo à porta, e o setor automotivo sentiu essa pressão.

Várias marcas americanas sofreram, com a General Motors até entrando em falência. A Ford teve prejuízos que fizeram ecoar pelos corredores da empresa. E a Chrysler, ah, essa foi a mais afetada. Os modelos que deveriam “salvar” a marca, como o Compass e o Dodge Caliber, acabaram sendo vistos como de baixa qualidade, muito devido a cortes de custos e aproveitamento de plataformas antigas. A montagem deixava ainda a desejar, e a confiabilidade dos carros era questionável na época.

O design também não ajudou muito. Os primeiros Compass tinham uma frente um tanto destoante, com uma grade desproporcional e faróis pequenos que não empolgavam. Mas, ao menos, a estrutura seguia uma linha que lembrava o Cherokee, seu irmão maior.

No Brasil, chegou em 2012

Em 2011, a Jeep apresentou uma boa atualização, aproximando o design do Compass ao de seu irmão maior. Com a nova frente, ele desembarcou no Brasil em 2012, tentando conquistar um mercado cheio de concorrentes pesados. O Honda CR-V estava por lá, com isenção de IPI. O Kia Sportage havia adotado um visual mais bonito e urbano. E como esquecer do Volkswagen Tiguan, que chegava com seu motor 2.0 em alta?

Chegando ao mercado com um preço de R$ 99.990, o Compass tinha a missão de brigar em um segmento que a Jeep nunca tinha explorado muito antes. Até então, a marca era reconhecida por modelos maiores e luxuosos. Era uma meta modesta tentar vender 2.000 unidades por ano.

Com apenas uma versão, equipada com um motor 2.0 de quatro cilindros que entregava só 156 cv, a concorrência começou a apertar na hora de escolher, e, no fim das contas, o Compass emplacou apenas 1.892 unidades até 2016.

De esquecido a queridinho

A virada de jogo veio com a segunda geração do Compass, voltada para o mercado global e já criada sob a fusão entre Fiat e Chrysler. O novo modelo ficou mais urbano e ofereceu motorização variada, desde o 2.0 aspirado até um 2.0 turbodiesel. E qual o resultado? O SUV conquistou a liderança no segmento médio, onde continua firme desde 2016.

Em 2024, o Compass emplacou um total de 50.046 unidades, superando concorrentes como o Tiggo 7 e o Corolla Cross. Olhando os números, a Jeep está, sem dúvida, em uma ótima colocação em relação aos seus rivais.

Em breve, a terceira geração do Compass também deve dar as caras por aqui. Embora o lançamento no Brasil ainda não tenha data confirmada, a Jeep anunciou investimentos robustos em sua fábrica em Pernambuco. Isso aumenta as esperanças de que o novo Compass também seja produzido localmente.

Você já está ansioso para ver esse SUV atualizado, que promete ter um design moderno e opções eletrificadas? É, se o passado é um bom indicativo, o futuro do Compass parece promissor.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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