A Honda anunciou que vai dar um tempo na construção das suas novas fábricas de veículos elétricos e baterias no Canadá. A ideia, que previa um investimento de nada menos que CA$ 15 bilhões (cerca de US$ 11 bilhões), foi colocada em stand by por cerca de dois anos. Essa pausa se deve à lentidão no aumento da demanda por carros elétricos, o que levará a montadora a avaliar melhor o cenário antes de seguir em frente.
Em uma carta enviada aos acionistas, a Honda deixou claro que está de olho no mercado e, apesar do adiamento, não descarta retomar os planos no futuro. Porém, ainda não há uma nova data definida.
Esse projeto tinha sido revelado em abril de 2024 e prometia uma fábrica capaz de produzir 240 mil veículos por ano até 2028, além de uma unidade de baterias com uma capacidade anual de 36 GWh. Na época, o ex-primeiro-ministro Justin Trudeau até celebrou o investimento como o maior já feito na indústria automotiva do Canadá.
Durante a apresentação dos resultados financeiros, o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, comentou que o cenário atual demanda cautela. Ele mencionou que é preciso observar como as coisas vão se desenrolar nos próximos dois anos antes de decidir os próximos passos. Também falou sobre a possibilidade de aumentar a produção nos Estados Unidos.
E, falando em estratégia, a Honda já confirmou a transferência de parte da produção do CR-V para a fábrica que possui em Ohio. Essa jogada visa driblar os efeitos de tarifas que ainda fazem a diferença no setor automotivo.
Apesar dessa parada, o porta-voz da Honda Canadá, Ken Chiu, garantiu que não haverá cortes de empregos nem uma diminuição na produção local. Isso traz um pouco de alívio, né? Enquanto isso, a BYD, uma montadora chinesa, está de olho no mercado japonês com seus modelos 100% elétricos, mostrando que a concorrência está acirrada.
E não dá pra esquecer: mesmo que o crescimento dos elétricos esteja um pouco mais lento, eles ainda estão em alta. No Canadá, os carros totalmente elétricos representaram 11,4% das vendas de novos veículos em 2024, enquanto nos Estados Unidos esse número ficou em 8,1%. Então, mesmo com toda essa pausa, o setor não está despencando, mas isso levanta algumas dúvidas sobre a real razão para a Honda desacelerar.
Ah, e para quem está pensando em como o Brasil pode competir nesse mercado, o Lula defende o investimento em educação como chave para avançar na produção de carros elétricos. E com a pista mudando tão rápido, é crucial se adaptar às novas demandas e tecnologias. É sempre bom lembrar que o volante está em nossas mãos e, com um pouco de previsão, podemos dirigir para um futuro mais sustentável.
