Automotivo

Grande Panda ganha motor da Peugeot e se torna mais acessível

Quando a Fiat revelou a nova geração do Panda no ano passado, a promessa era que ele fosse um carro mais alinhado com as futuras regras de emissão de poluentes na Europa. O então CEO, Carlos Tavares, queria que esse modelo já nascesse pensando no futuro, sem muita conversa sobre opções só a combustão. Mas a história mudou um pouco desde então.

Tavares saiu do grupo abruptamente, e o Panda ganhou versões com motor híbrido leve, parecido com o que já vimos nos modelos Pulse e Fastback aqui no Brasil. No entanto, isso não foi o suficiente. Para deslanchar em vendas, assim como aconteceu com o 500, o Grande Panda agora também terá uma versão totalmente a combustão, que, pasmem, utiliza um motor da Peugeot.

Esse motor é um 1.2 de três cilindros, que já passou pelo Brasil em outras épocas com o nome de Puretech. Ele foi deixado de lado quando o 208 mais atual chegou, dando espaço para os motores Firefly. Mas agora, o Panda vai receber ele com turbina, o que promete uma potência em torno de 100 cv e uma caixa manual de seis marchas. E não é só isso: o modelo vai vir em três versões variadas, chamadas Pop, Icon e La Prima. O preço inicial deve ficar em torno de 16.900 euros, algo como R$ 108.160 — uma queda significativa em comparação aos 23.900 euros da versão elétrica mais básica.

E, olha, mesmo com preços mais acessíveis, o Grande Panda a combustão não é daqueles carros pobres em equipamentos. Desde a versão de entrada, ele já conta com painel digital, ar-condicionado, sensores de estacionamento e frenagem automática de emergência. Não dá pra reclamar!

Grande Panda em testes no Brasil

Já temos confirmação de que o Grande Panda, ou qualquer nome que ele ganhe por aqui, será um modelo crucial para a Fiat, especialmente em solo brasileiro. O CEO global da Fiat, Olivier Francois, fez comparações com a famosa família Palio, destacando que o Panda será fundamental e dará origem a novas versões, incluindo sucessores de Pulse, Fastback e até a picape Strada.

As mulas do novo hatch estão circulando por Minas Gerais, utilizando a estrutura da família C-Cubed da Citroën. Essa parte compartilhada com os modelos da marca francesa é interessante, pois as proporções são bem parecidas. Ambos têm cerca de 3,99 metros de comprimento, e o visual mais quadrado é uma característica comum, embora no modelo italiano isso seja mais pronunciado.

O projeto do Grande Panda presta homenagem ao original dos anos 80, criado pelo designer Giorgetto Giugiaro, que também influenciou o primeiro Uno. Por isso, podemos esperar um carro que, apesar de moderno, traz elementos nostálgicos.

Agora, só nos resta esperar para ver se o modelo nacional manterá o nome e o design do europeu ou se teremos uma versão adaptada, como aconteceu com o C3. A previsão é que o lançamento aconteça até o final da década, e, quem sabe, ele não se torna um novo favorito entre os apaixonados por carros aqui no Brasil.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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