GM registra prejuízo de US$ 1,1 bi devido a tarifas de Trump

Chegamos à metade do ano e, junto com ela, vêm os resultados financeiros do primeiro semestre das montadoras. A General Motors (GM) divulgou seus números mais recentes e, mesmo com uma queda de US$ 1,1 bilhão em relação ao mesmo período de 2024 devido às tarifas impostas, conseguiu surpreender. A montadora chegou a um faturamento recorde de US$ 91 bilhões no semestre, impulsionada por uma demanda forte em meses como abril e maio.
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Muita gente correu para garantir seu carro antes do que vem por aí, especialmente por conta do “tarifaço” que pode sair mais caro. Os SUVs, como o Chevrolet Equinox, estão no topo da lista, com um crescimento de 20% nas vendas em comparação ao ano passado. Quem tem um SUV na garagem sabe como eles fazem diferença no dia a dia.
Durante a teleconferência que apresentou esses resultados, a CEO Mary Barra e o CFO Paul Jacobson mostraram-se otimistas ao serem questionados sobre o impacto das tarifas e a perda de competitividade dos elétricos com o fim dos incentivos fiscais nos EUA. No campo dos elétricos, a Chevrolet se destacou, assumindo a vice-liderança nas vendas de veículos elétricos (EVs) no segundo trimestre, enquanto a Cadillac subiu para o quinto lugar entre as marcas de luxo. É legal ver marcas que estão evoluindo e se adaptando para atender as novas demandas do mercado, não é mesmo?
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Em meio a tudo isso, a GM já prevê que o “tarifaço” vai impactar até US$ 5 bilhões em 2025, o que não é pouca coisa. Parte desse valor vem das importações da Coreia do Sul, que trazem modelos como o Trailblazer e o Trax. Isso porque a montadora quer mitigar esses efeitos com uma nova estratégia produtiva que inclui trazer parte da produção de volta para os EUA.
Uma das ações mais significativas é que, a partir de 2027, modelos como o Chevrolet Silverado, GMC Sierra e o Equinox serão fabricados em solo americano, especificamente em pontos como Michigan, Kansas e Tennessee. Essa movimentação faz parte de um investimento robusto de US$ 4 bilhões para aumentar a capacidade produtiva no âmbito nacional.
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E isso pode ter reflexos diretos aqui no Brasil. A mudança pode afetar diretamente a disponibilidade e o preço de veículos como a Silverado e o Equinox, que hoje chegam ao país com isenção de imposto de importação graças a acordos bilaterais. Se a produção for transferida para os EUA, esses modelos perderão esse benefício e terão seus preços reajustados. Hoje, a Silverado começa em R$ 573.590, enquanto o novo Equinox custa a partir de R$ 285.490. Várias pessoas estão de olho nos lançamentos, e essa mudança não traz boas notícias.
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