EUA e China suspendem tarifas por 90 dias: o que isso significa?

A recente conversa entre líderes dos Estados Unidos e da China trouxe um sopro de esperança em meio à tensão comercial que vem se arrastando. Embora não tenha sido uma solução definitiva, esse papo abriu uma porta para um possível avanço nas negociações.
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Para dar um alívio às relações, os dois gigantes concordaram em uma pausa de 90 dias nas tarifas sobre produtos importados. É uma janela que pode permitir que novas soluções mais duradouras comecem a ser discutidas. Durante esse tempo, os americanos vão diminuir as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%. Já a China diminuirá de 125% para 10% as taxas sobre as mercadorias dos EUA. Embora essa medida seja temporária, pode preparar o terreno para mudanças maiores no futuro.
A Casa Branca ressaltou que o acordo busca manter uma tarifa base sobre a China, acabar com ações retaliatórias e abrir espaço para futuras negociações. Os EUA também querem facilitar o acesso dos produtos americanos no mercado chinês, algo que pode beneficiar vários setores.
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Mas o impacto disso tudo ainda não está claro, especialmente na indústria automotiva. O imposto geral sobre veículos e peças importadas ainda é de 25%, com algumas exceções como o acordo USMCA. Para os fabricantes de automóveis, essa folguinha pode facilitar a compra de peças da China, ajudando a reduzir custos e a manter a produção funcionando.
Por outro lado, os carros elétricos produzidos na China continuam praticamente barrados no mercado americano, graças a tarifas estabelecidas durante o governo Trump. A única saída parece ser para marcas americanas que montam na China, como Buick e Lincoln, mas ainda não se sabe como isso vai se desenrolar.
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Esse alívio temporário é um gesto político importante, mas o desafio real está em transformar essa pausa em um acordo sólido para o futuro. A Audi já está considerando produzir localmente nos EUA para evitar as tarifas. Com três meses pela frente para negociar, o que acontecer agora será fundamental para saber se essa trégua vai durar ou se será apenas um capítulo passageiro nas relações comerciais entre as duas potências.
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