Estudo aponta que locadoras podem reduzir lucro em 200%

O novo pacote de regras para o cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no Brasil realmente trouxe mudanças importantes para o setor automotivo. Anunciado na semana passada, ele promete mexer com o preço base de diversos carros populares, aqueles que a gente adora apreciar na estrada. Afinal, quem não se encanta com um compacto como o Renault Kwid ou o Fiat Mobi?

Uma das boas novidades é que a alíquota do IPI foi zerada para modelos 1.0, tornando esses carros ainda mais acessíveis. Isso significa que muitos veículos que já estavam na faixa de R$ 80 a R$ 90 mil agora podem ser encontrados por preços mais convidativos. Com isso, já imagino os showroom das concessionárias promovendo feirões para atrair clientes!

Esse movimento não afeta só quem está pensando em comprar um carro novo. As locadoras de veículos, que muitas vezes têm uma frota gigante, também devem sentir o impacto. A expectativa é que a redução nos preços dos modelos novos leve a uma desvalorização rápida dos seminovos. Para quem já tem um carro, o cenário é um misto de oportunidade e preocupação, já que na hora de vender seu usado, o valor pode não ser o que se esperava.

Para ter uma ideia melhor, um estudo da XP Investimentos aponta que essa mudança pode não ser tão simples quanto parece. Embora os carros mais “verdes” ganhem benefícios fiscais, as locadoras podem enfrentar uma pressão séria em suas finanças. Se os carros novos se tornam mais baratos e os seminovos perdem valor, o caixa delas pode encolher. Às vezes, é difícil ver a relação entre impostos e o dia a dia da condução, mas essa mudança pode ser um divisor de águas.

Sobre o MOVER, o programa que dá nome à nova regra, ele traz diretrizes que envolvem o IPI Verde, que pode ser ajustado baseado em critérios como eficiência energética e tipo de motorização. Isso significa que, no futuro, a produção de carros com menos emissões e mais materiais recicláveis poderá ser incentivada ainda mais. As regras valerão até o fim de 2026, preparando o caminho para a Reforma Tributária que vem por aí.

As montadoras continuam atentas a essa nova dinâmica. O estudo da XP fala de um impacto bastante considerável nas receitas das locadoras. A Localiza, por exemplo, pode ter uma queda de até 40% em seus lucros, enquanto a Movida pode ver até 200% de redução. Imagina só: uma empresa que estava no azul pode acabar no vermelho se não se atentar a essa desvalorização da frota!

Esses dados refletem como essa mudança no IPI pode ser um game changer. De um lado, carros novos ficam mais em conta, do outro, os seminovos se desvalorizam, forçando as locadoras a reavaliar seus estoques rapidamente. Isso também vai refletir nos carros usados, que são essenciais para muitas famílias na hora de trocar de carro.

E por mais que essas regras possam facilitar a compra de um modelo mais novo, quem já tem um carro pode acabar recebendo menos do que esperava ao vendê-lo. No fim, as novidades vêm com seus altos e baixos, e a vida nas estradas e no mercado automotivo continua a acelerar.