Automotivo

Descubra os dados impressionantes do setor automotivo em 2025

O mercado automotivo brasileiro começa 2025 com uma mudança curiosa: as vendas de modelos híbridos estão bombando, enquanto os carros totalmente elétricos andam para trás. É um sinal de que estamos, aos poucos, mudando nossa forma de pensar sobre mobilidade, mas ainda com um pé atrás quando se trata de modelos 100% elétricos.

Bora entender melhor o que está rolando por aqui?

Híbridos dominam o cenário dos eletrificados

No primeiro trimestre, foram vendidos nada menos que 50.674 veículos com algum tipo de motorização eletrificada, incluindo carros de passeio e utilitários. Esse número representa um crescimento surpreendente de 39,6% em relação ao mesmo período do ano passado. E adivinha só? Mais de 70% dessas vendas foram de carros híbridos.

Em números, isso significa que 37.197 modelos híbridos foram emplacados entre janeiro e março, um aumento de 70,5% em comparação com 2024. Essa preferência por misturar motor a combustão e propulsão elétrica revela que o brasileiro ainda sente a segurança de poder abastecer seu carro em um posto, ao invés de depender somente da tomada.

Elétricos perdem força no começo do ano

Por outro lado, os carros totalmente elétricos estão enfrentando dificuldades. No trimestre, foram emplacadas 12.877 unidades, uma queda de 8,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em março, essa queda foi ainda mais acentuada, com 21% a menos em relação ao mês anterior.

Essa desaceleração pode ser explicada por algumas questões. Primeiro, o preço de aquisição desses veículos ainda está um pouco salgado em comparação aos híbridos. E quem não sente a frustração de procurar um ponto de recarga que não existe a uma distância razoável, não é mesmo? Além disso, a falta de incentivos fiscais consistentes pode estar pesando na hora do consumidor decidir.

Comerciais leves surpreendem no crescimento

Se o desempenho dos carros de passeio eletrificados é interessante, o que dizer dos comerciais leves? Esse segmento deu um salto de 165,7% no primeiro trimestre. Foram 556 unidades emplacadas, contra apenas 209 em 2024.

Esse aumento mostra que as empresas e frotistas estão de olho em soluções mais eficientes e sustentáveis para o transporte urbano. Mesmo com números menores, a busca por utilitários eletrificados representa uma mudança na mentalidade do setor corporativo.

As marcas que mais venderam híbridos

No jogo dos híbridos, quem está na frente é a BYD, que emplacou 11.706 unidades no trimestre, correspondendo a 31,4% do mercado. Em seguida, temos a Fiat, com 7.400 veículos, ou 19,9% do total.

É interessante notar que todos os modelos híbridos da Fiat utilizam tecnologia leve (MHEV), que não conta com propulsão elétrica autônoma. Já a GWM, que trouxe modelos mais completos com sistemas HEV e PHEV, ficou com 5.879 unidades, e a Toyota, sempre tradicional nesse segmento, vendeu 4.277.

Os elétricos ainda são dominados pela BYD

Quando se trata de elétricos, a BYD mantém uma liderança bem forte, com 9.678 unidades vendidas, o que é 75,1% do mercado brasileiro. A Volvo aparece em segundo lugar, com apenas 1.196 unidades, seguida pela GWM (814), BMW (219) e Renault (176).

Essa liderança da BYD pode ser explicada pela combinação de preços competitivos, boa autonomia e uma gama de opções que agradam o consumidor. A marca também investe pesado em sua imagem e estrutura de pós-venda, o que é um atrativo extra.

Mudanças nos critérios de eletrificação

Um detalhe interessante sobre esses números é que as definições de “eletrificado” podem variar. Enquanto a Fenabrave inclui híbridos leves (MHEV) na conta, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) já não faz isso desde 2024.

Essa diferença de critérios pode causar confusão, visto que os híbridos leves não possuem propulsão elétrica ativa e, portanto, o motor elétrico só dá uma força quando o carro precisa.

O que esperar do restante de 2025

Com esses dados mostrados e a tendência de crescimento dos híbridos, é provável que as montadoras continuem a apostar nesse tipo de veículo. A preferência do consumidor brasileiro por soluções práticas e versáteis deve ser um foco constante.

A queda nos elétricos reforça a necessidade urgente de políticas públicas que incentivem essa mudança, com incentivos fiscais e mais pontos de recarga por aí. Enquanto isso, os híbridos devem continuar a ser a entrada mais acessível para uma mobilidade mais limpa.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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