A Operação Carbono Oculto, que foi desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo, trouxe à tona uma situação preocupante para os motoristas. Em uma investigação que começou na última quinta-feira (28), foi descoberto um esquema que envolve fraude em postos de combustíveis. A reprovação vai desde adulterações na gasolina até manipulação de bombas e até sonegação de impostos. E, para esquentar o caldo, existe a suspeita de envolvimento com o crime organizado, incluindo o PCC. Não só a economia está em jogo, mas a qualidade do que tanque a gente coloca no carro também está em risco.
Desde 1º de agosto, a gasolina passou a ter um teor de 30% de etanol. O problema é que alguns postos podem estar aproveitando essa mudança para colocar mais álcool ou até produtos mais baratos, como a nafta. Para o motorista, isso significa que, ao abastecer com "gasolina", pode acabar levando uma mistura que prejudica o desempenho do carro e danifica o motor. Quem dirige no dia a dia sabe como isso pode ser frustrante!
Para completar, segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), essas práticas estão gerando prejuízos de cerca de R$ 29 bilhões por ano. Desse total, R$ 14 bilhões são resultado de impostos sonegados e R$ 15 bilhões são de fraudes operacionais. Imagina que, muitas vezes, a gasolina que você está pagando não é exatamente o que esperava. A dica é desconfiar de preços muito baixos, principalmente durante promoções de fim de semana, quando a fiscalização costuma ser mais fraca.
Outro detalhe que merece atenção é o pagamento em dinheiro vivo. Muitos postos suspeitos fazem isso para dificultar o rastreamento da venda, o que pode estar ligado a atividades ilegais. Para evitar problemas, sempre peça a nota fiscal e, se possível, use o cartão. Isso facilita qualquer eventual reclamação caso você perceba que o combustível não é de boa qualidade.
O ICL recomenda abastecer em postos de bandeiras conhecidas. Ficar de olho no desempenho do carro é fundamental também. Se notar uma queda brusca na eficiência ou ouvir barulhos estranhos no motor, você pode solicitar testes de qualidade e volume diretamente no posto. Sim, isso é um direito seu como consumidor! Se ficar comprovada a adulteração, você pode acionar órgãos como o Procon e a ANP.
Além disso, o Instituto tem adotado uma técnica chamada "clientes misteriosos" — pessoas que abastecem em postos suspeitos e levam a gasolina para testes laboratoriais. No ano passado, mais de 1.300 denúncias sobre irregularidades foram registradas. Portanto, sempre desconfie de preços milagrosos e mantenha um registro das suas compras. Se algo der errado, registre sua denúncia no site do Instituto Combustível Legal. É um jeito de garantir que seus direitos sejam respeitados!
