Automotivo

Audi prolonga uso de motores a combustão por mais 10 anos

Nesta segunda-feira, dia 23 de junho, completamos três anos desde que a Audi anunciou que daria um passo ousado na direção dos elétricos. A marca, conhecida por seus carros de luxo, prometeu que a partir de 2026 deixaria de vender modelos a gasolina e focaria exclusivamente nos elétricos até 2033. Isso soava promissor, mas como sempre, o mundo dos carros é bem dinâmico.

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O CEO da Audi, Gernot Döllner, acendeu a luz amarela ao afirmar que a produção de veículos a combustão pode se estender até 2035 — e quem sabe até mais, caso a demanda continue forte. Ele comentou em uma entrevista que haverá uma série de lançamentos até 2026, o que deve dar à Audi a flexibilidade de manter os motores a combustão por mais tempo.

Muita gente que já enfrentou um congestionamento sabe como um motor a combustão ainda pode ser útil, principalmente quando não temos a certeza do que vem pela frente.

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Nos últimos tempos, a Audi também teve que repensar seus planos. A gestão anterior, sob Markus Duesmann, tinha metas bem mais agressivas. Com a saída do Q8 e-tron e algumas fábricas sendo fechadas por conta de vendas fracas, o cenário está mudando. Apesar de tudo, as vendas de elétricos da marca cresceram 30,1% no primeiro trimestre de 2025, somando 46.371 unidades — embora ainda tenham ficado atrás da BMW, que vendeu 86.449 veículos no mesmo período.

Enquanto isso, novos modelos estão a caminho, e o Q3, que foi recentemente revelado, promete agradar bastante. Com a previsão de um elétrico de entrada na faixa do A3 chegando no ano que vem, as vendas devem ter um novo impulso. Isso é algo que já faz diferença ao volante.

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Mas, ainda estamos longe de ver os motores a combustão desaparecendo das prateleiras. Os novos A5, A6 e o próprio Q3 vão continuar na ativa por mais anos. E vale lembrar, muitos deles terão suas versões esportivas com as conhecidas siglas S e RS — quem não ama um pouco mais de adrenalina na direção?

A situação se complica um pouco quando olhamos para as regulamentações, especialmente na União Europeia, que visa proibir a venda de novos carros com motores a combustão até 2035. A Audi terá que decidir se para de vez com esses modelos ou se vai continuar a fabricá-los para outros mercados. É uma decisão que todos os fabricantes europeus terão que tomar em breve, e as implicações disso são enormes.

A Mercedes-Benz também teve seu próprio tombo ao tentar acelerar a transição para os elétricos e agora planeja oferecer motores a combustão ainda por mais tempo. Curiosamente, a BMW adota uma postura diferente, sem colocar uma data limite para eliminar os motores de combustão, priorizando a escolha do consumidor e a infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento.

Enquanto muitas marcas estão abrindo mão de suas promessas, a Audi e a Mercedes-Benz estão percebendo que a realidade é mais complexa do que imaginavam e estão ajustando suas metas. É sempre fascinante ver como as coisas mudam tão rápido no mundo automotivo, não é mesmo?

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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