Esse foi o primeiro McDonald’s a falir no Brasil? Veja onde deu errado

Os arcos dourados são, talvez, o símbolo mais reconhecido do capitalismo global. Onde quer que você vá no mundo, a presença de um McDonald’s parece uma certeza, um porto seguro de batatas fritas e hambúrgueres em um planeta cada vez mais conectado. O império do palhaço Ronald McDonald parece onipresente, invencível.
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Nós nos acostumamos com a ideia de que o McDonald’s é uma força da natureza, capaz de se adaptar e de prosperar em qualquer cultura, em qualquer país.
Mas, e se eu te dissesse que existe um “cemitério” de arcos dourados espalhado pelo mundo? Uma lista surpreendente de países onde o gigante do fast-food não apenas fracassou, mas foi humilhado, expulso pela cultura local ou simplesmente nunca teve a coragem de entrar?
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Prepare-se, pois a história das derrotas do McDonald’s é muito mais fascinante do que a de suas vitórias, e revela um “fantasma” que assombra até mesmo uma cidade no Nordeste do Brasil.
A ‘morte’ na Bolívia: 14 anos no vermelho e a expulsão da América Latina
O caso mais emblemático do fracasso do McDonald’s aconteceu aqui, na nossa vizinhança. Na Bolívia, a rede tentou de tudo. Abriu oito restaurantes, fez promoções, adaptou o cardápio.
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Mas, depois de longos e dolorosos 14 anos operando consecutivamente no vermelho, a empresa jogou a toalha. A população local simplesmente rejeitou a comida, preferindo seus sabores e suas tradições.
Em 2002, o McDonald’s fechou todas as suas lojas, tornando a Bolívia o primeiro país latino-americano a, na prática, “expulsar” a rede de seu território.
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O ‘cemitério’ global: Islândia, Jamaica e o ‘clone’ do Irã
Mas a Bolívia não está sozinha nesse cemitério. Em vários outros países, o gigante americano também não aguentou o tranco.
- Islândia: A rede fechou as portas em 2008. Com a crise financeira global, ficou logisticamente inviável e caro demais importar os ingredientes para a ilha.
- Barbados: A derrota mais rápida. O McDonald’s durou apenas um ano. Não conseguiu competir com a forte cultura local de comida à base de frutos do mar.
- Jamaica: A rede operou por dez anos, mas fechou as portas. O motivo? Os jamaicanos simplesmente preferiam os sanduíches maiores e mais robustos do seu principal concorrente, o Burger King.
- Irã: Desde a Revolução Islâmica de 1979, o McDonald’s é proibido no país. Mas a marca é tão icônica que existe por lá um “clone” não oficial, o “Mash Donald’s”.
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O ‘fantasma’ de Olinda e os países onde a entrada é proibida
E essa história de fracasso tem até um capítulo no Brasil. Em Olinda, Pernambuco, no final dos anos 90, o McDonald’s abriu uma loja com o primeiro drive-thru da cidade. O sucesso inicial, no entanto, foi passageiro.
Aos poucos, a população local voltou a preferir a tradicional e amada lanchonete Bacana, e a loja do gigante americano faliu, deixando para trás apenas um “fantasma” do que um dia foi.
Além desses fracassos, existem os países onde o McDonald’s nunca sequer tentou entrar, seja por leis locais que proíbem redes de fast-food, como nas Bermudas, ou por hostilidade política e inviabilidade econômica, como na Coreia do Norte, no Iêmen e no Camboja. É a prova de que, nem mesmo para o maior império do fast-food, o sucesso é garantido.
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