BRF impede gestante de ir ao parto; bebês nascem sem vida

Uma trabalhadora venezuelana, que estava no oitavo mês de gestação de gêmeas, enfrentou uma situação crítica em sua empresa, a BRF. Segundo informações sobre o caso, ela sentiu dores intensas, acompanhadas de ânsia de vômito, tontura e falta de ar. Ao buscar ajuda junto à sua líder e ao supervisor, foi informada de que não poderia deixar o setor onde trabalhava devido à necessidade de manter a linha de produção funcionando.
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Apesar de suas insistentes solicitações, a mulher permaneceu no trabalho, mas suas dores aumentaram significativamente. Diante da situação, ela decidiu sair do expediente sem autorização para procurar atendimento médico em um hospital.
Enquanto aguardava o ônibus em frente à empresa, a bolsa amniótica se rompeu, e ela teve que dar à luz na área da BRF. Infelizmente, a primeira das gêmeas nasceu por volta das 6h30, mas não sobreviveu. A segunda também nasceu logo em seguida, mas, infelizmente, também faleceu.
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A BRF negou ter agido de forma negligente ao não permitir que a funcionária deixasse seu posto de trabalho. A empresa afirmou que a gestante não apresentava um quadro de gravidez de risco e mencionou que ela teria recusado atendimento médico disponível na unidade. Porém, esse argumento foi contestado pela Justiça, que considerou não ser plausível que a mulher se negasse a ir ao centro médico da empresa, dado seu estado debilitado.
Além disso, a BRF alegou que o parto ocorreu fora das dependências da empresa, mas essa afirmação foi desmentida por gravações das câmeras de segurança, que mostraram que a mulher deu à luz dentro da unidade.
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Os depoimentos coletados durante a investigação apoiaram a versão da trabalhadora. A Justiça constatou que, apesar de ter solicitado assistência, ela não teve acesso ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da empresa. Uma técnica de saúde mencionou que não foi chamada para atender a situação. O enfermeiro da unidade confirmou que os procedimentos adequados não foram seguidos.
Esses eventos ressaltam a importância do atendimento médico adequado para gestantes e a responsabilidade das empresas em garantir a saúde e segurança de seus funcionários.
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