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Adeus apagão! NASA poderá enviar “raio” de eletricidade do espaço até sua casa

A cena é um clássico da ficção científica. Uma gigantesca estação espacial em órbita da Terra, com painéis que captam a energia do Sol e a enviam para o planeta através de um poderoso raio de energia. Por décadas, essa ideia de uma usina de energia orbital foi apenas um delírio, uma fantasia de animes e filmes futuristas.

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Nós nos acostumamos a ver essa tecnologia como algo de um futuro distante, talvez daqui a cem ou duzentos anos. Uma utopia tecnológica, fascinante, mas completamente irreal para a nossa geração.

Mas, e se eu te dissesse que a ficção científica acabou? E se a NASA, a agência espacial mais poderosa do mundo, tivesse acabado de assinar um contrato para transformar essa “loucura” em um projeto real e com data para começar?

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Prepare-se, pois a construção da primeira usina de energia solar no espaço já começou, e a ideia de receber eletricidade que vem de um raio do céu está muito mais perto do que você imagina.

O ‘raio’ do céu: como a energia será ‘teletransportada’ para a Terra

A ideia, que está no centro do novo projeto “Beam Power Transmission” da NASA, é tão genial quanto audaciosa. Esqueça os painéis solares no seu telhado, que só funcionam de dia e quando não está nublado. O plano é o seguinte:

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  1. A Coleta no Espaço: Satélites em órbita da Terra, equipados com painéis solares de altíssima eficiência, captam a luz do Sol 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem interrupção. No espaço, não existe noite.
  2. A Conversão e a Transmissão: A energia elétrica coletada é convertida em um feixe de micro-ondas ou de laser de alta frequência.
  3. A Recepção na Terra: Esse raio de energia é apontado com extrema precisão para uma estação receptora em solo, que o converte de volta em eletricidade, pronta para ser injetada na rede e chegar à sua casa.

Embora a imagem de um raio vindo do céu possa parecer perigosa, como uma “Estrela da Morte”, a tecnologia é projetada para ser segura, com feixes direcionados que não representam uma “arma orbital”.

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A ‘pele’ do satélite: a tecnologia que tornou tudo possível

O grande obstáculo para esse projeto sempre foi a tecnologia dos painéis solares, que eram muito pesados e frágeis para uma operação dessa escala no espaço. Mas isso mudou.

A NASA fechou uma parceria com a empresa Ascent Solar Technologies, que desenvolveu a “pele” perfeita para esses satélites: células solares de película fina. Elas são:

  • Ultra leves e flexíveis: Podem ser enroladas como uma folha de papel, facilitando o transporte para o espaço.
  • Super resistentes: São feitas para aguentar a radiação cósmica e as temperaturas extremas do vácuo.
  • Eficientes: Geram uma quantidade enorme de energia para o seu peso.

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O cronograma da ‘loucura’: quando a ficção vira realidade?

Esta não é uma promessa para um futuro distante. O acordo entre a NASA e a Ascent Solar foi firmado para acelerar os testes. E o cronograma é de tirar o fôlego:

  • Os primeiros módulos solares completos para os testes em órbita estarão prontos até o final de 2026.
  • Se os testes forem bem-sucedidos, a expectativa é que uma primeira constelação de satélites experimentais já esteja operando em 2028.

A aplicação dessa tecnologia é revolucionária. Ela pode fornecer energia limpa e ininterrupta para cidades inteiras, para zonas de desastre onde a rede elétrica caiu, ou até mesmo para futuras bases na Lua e em Marte.

A “Estrela da Morte do bem” não é mais um sonho; é um projeto de engenharia com data marcada para começar a funcionar.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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