Vietnã se torna novo centro de iates de luxo para ultrarricos

Pham Van Toan, um empresário vietnamita de 59 anos, decidiu mudar de setor após alcançar sucesso na mineração de carvão e na energia térmica com sua empresa, a Dong Hai. Há três anos, ele investiu em empreendimentos de luxo, incluindo a construção de um hotel com quase 600 quartos, a aquisição de um campo de golfe e a compra de um superiate, um sonho que ele alimentava há 20 anos.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O iate, construído pelo estaleiro italiano Azimut e entregue oficialmente a Pham em uma cerimônia no início deste ano, é destacado como o primeiro superiate novo de mais de 30 metros vendido no Vietnã. Pham tem grandes planos para esse iate e para o potencial turístico do país. Em parceria com a Tam Son Yachting, revendedora da Azimut no Vietnã, ele pretende construir uma marina de luxo na Baía de Ha Long, um Patrimônio Mundial da Unesco. O objetivo é tornar o iate disponível para fretamentos privados.
Pham acredita que a indústria de iates do Vietnã está apenas começando e vê um grande potencial de crescimento. A demanda por iates aumenta, acompanhando o crescimento no número de milionários no país, que quase dobrou nos últimos dez anos, segundo dados de consultores de imigração.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Os fabricantes de iates estão se voltando para o Vietnã como um mercado em potencial após desafios impostos pela recente política de prosperidade comum na China, que afetou o mercado chinês de luxo. Embora haja um aumento no número de ricos na China, a nova geração de jovens privilegiados tem mostrado interesse em viajar mais do que em comprar iates locais.
Nos últimos anos, a demanda por iates no Vietnã vem crescendo rapidamente. Em 2018, um iate de 60 pés era considerado grande, mas hoje o mercado já demanda embarcações maiores, de mais de 85 pés. A empresa Simpson Marine, que representa o construtor italiano Sanlorenzo na Ásia, começou a operar no Vietnã no ano passado e busca atender a um público que cada vez mais procura experiências de luxo, incluindo a propriedade de iates.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
A O2H2O, empresa que trabalha com a venda de iates e jatos, também viu o potencial de mercado e abriu um escritório em Ho Chi Minh, onde atualmente emprega sete pessoas e planeja expandir sua equipe. O Ministério dos Transportes do Vietnã lançou iniciativas para desenvolver a navegação de recreio como parte do setor turístico do país até 2030, reconhecendo o potencial dessa área.
O crescimento econômico do Vietnã, impulsionado por sua ascensão como potência manufatureira, contribui para esse boom no setor. O país registrou um crescimento do PIB de 7% no ano passado, uma das taxas mais rápidas da região, embora tenha enfrentado desafios no início deste ano, com previsões de crescimento mais lentas.
Desde a abertura econômica nos anos 1980, o Vietnã tem se integrado ao comércio global, atraindo grandes empresas internacionais para estabelecer fábricas no país. Atualmente, as exportações para os Estados Unidos representam uma parte significativa do PIB do Vietnã.
No setor de iates, a região Ásia-Pacífico representa atualmente 18,2% das vendas globais, e o Vietnã, embora ainda esteja se estabelecendo, vem ganhando espaço no mercado. Desde 2017, a Tam Son Yachting vendeu cerca de 40 iates, com valores que variam de 30 a 115 pés. A busca por itens de luxo no país evoluiu, com pessoas dispostas a investir até 15 milhões de dólares em um iate.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE