Irã contesta Europa e diz que EUA e Israel destruíram negociações

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, negou as alegações de líderes europeus que afirmam que o país se afastou das negociações sobre seu programa nuclear. Em uma postagem na rede social X, Araqchi afirmou que os ataques realizados por Israel e, mais recentemente, pelos Estados Unidos, prejudicaram as conversações diplomáticas. Ele ressaltou que, na semana passada, o Irã estava em negociações com os EUA quando Israel tomou medidas que, segundo ele, comprometeram essa diplomacia.
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Araqchi questionou a lógica dos líderes europeus, que pediram ao Irã para voltar à mesa de negociações, afirmando que o país nunca abandonou as conversas e que o que aconteceu foram ações externas que afetaram o processo.
O conflito entre Irã e Israel entrou no décimo dia, e no último sábado, os Estados Unidos realizaram ataques aéreos em três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O presidente americano, Donald Trump, anunciou os ataques em sua rede social Truth Social e em um pronunciamento televisionado, afirmando que as ações foram uma defesa para proteger milhares de pessoas no Oriente Médio e que a situação exigia uma decisão entre paz ou tragédia para o Irã.
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A repercussão internacional foi ampla. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apoiou a ação dos EUA e criticou o Irã, afirmando que o país não pode desenvolver armas nucleares e que a estabilidade no Oriente Médio é essencial. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, defendeu uma solução negociada dentro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, sem abordar diretamente os ataques americanos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou Trump, dizendo que a ação teria um impacto significativo na história. Por outro lado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou os ataques dos EUA como uma “escalada perigosa”, que representa uma ameaça à paz e à segurança internacional.
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Na América Latina, os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestaram sua oposição aos ataques dos EUA. Petro afirmaram que o ato agrava a situação no Oriente Médio e pediu por paz. A chancelaria colombiana também enfatizou que os ataques desrespeitam normas internacionais. Yván Gil, chanceler da Venezuela, e Díaz-Canel expressaram condenações vigorosas, considerando os bombardeios uma violação da Carta da ONU e do direito internacional, e alertaram sobre as consequências que poderiam resultar dessas ações.
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