Prefeitos brasileiros em Israel recebem orientação de propaganda sionista

Um vídeo recente revelou a participação de prefeitos e políticos brasileiros em uma comitiva que viajou a Israel. A viagem, que ocorreu na última semana, incluiu uma palestra em que os participantes foram incentivados a defender a narrativa oficial de Israel sobre o atual conflito em Gaza. A gravação, divulgada pelo jornal O Potiguar e pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Daniel Menezes, mostra o porta-voz das forças de ocupação israelenses, Rafael Rozenszajn, pedindo que os representantes brasileiros atuem como “embaixadores” da verdade sobre a situação.
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Estavam na comitiva cerca de 40 políticos, entre eles prefeitos, vereadores e secretários municipais. O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, foi um dos presentes. Durante a palestra, Rozenszajn fez uma declaração afirmativa: ele desejou que os políticos retornassem ao Brasil para propagar uma visão favorável a Israel.
Além de defender a postura do governo israelense, Rozenszajn rejeitou a acusação de que Israel pratica apartheid e minimizou os dados sobre o número de civis mortos durante os conflitos em Gaza. Ele argumentou que o fato de haver árabes ou muçulmanos rezando nas ruas não pode ser interpretado como um estado de apartheid. Também afirmou que Israel tem como alvo apenas militantes, alegando a existência de “zonas humanitárias” no território. Essas declarações contrastam com as alegações de genocídio feitas por diversas organizações internacionais.
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As autoridades em Gaza relatam que mais de 55 mil pessoas foram mortas desde o início da ofensiva e cerca de 10 mil estão desaparecidas sob os escombros. Além disso, mais de 90% da infraestrutura civil na região foi destruída e, só nos últimos dois dias, mais de 200 palestinos perderam a vida.
Um recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que 72% das crianças mortas ou mutiladas no mundo são da Palestina, uma triste estatística que representa um aumento significativo em relação ao ano anterior. O documento também menciona quase 12 mil crianças afetadas por mortes e mutilações em zonas de guerra, além de registrar casos de recrutamento forçado, sequestros e violência sexual.
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Contrastando com a gravidade da situação em Gaza, a viagem dos políticos brasileiros, que ficou conhecida como “trem da alegria”, foi financiada por um lobby israelense. A justificativa apresentada foi que o objetivo da viagem era discutir soluções urbanas, mas os vídeos e depoimentos sugerem que um dos principais interesses era garantir apoio político à atuação de Israel no conflito.
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