Dólar cai com decisão do Copom e tensões no Oriente Médio

O dólar à vista apresentava uma leve queda nas primeiras negociações desta sexta-feira, após os investidores retornarem de um feriado. Essa movimentação ocorre em resposta à recente decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, além de uma atenção especial às tensões no Oriente Médio.

Às 10h08, a cotação do dólar à vista estava em R$ 5,489 para venda, marcando uma queda de 0,21%. Paralelamente, o dólar futuro para julho, que é o mais negociado na B3, subiu apenas 0,02%, sendo cotado a R$ 5,495.

Na quarta-feira, o dólar havia fechado em leve alta, com a cotação finalizando em R$ 5,5012. Para o dia, o Banco Central programou um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional. O objetivo desse leilão é a rolagem do vencimento programado para 1º de julho de 2025.

Em relação às cotações específicas, o dólar comercial estava sendo negociado com os seguintes valores: compra a R$ 5,488 e venda a R$ 5,489. As cotações do dólar turismo eram de R$ 5,518 para compra e R$ 5,698 para venda.

Além das questões internas, a força do dólar também foi influenciada por fatores externos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu adiar sua posição sobre a participação dos EUA no conflito entre Israel e Irã por até duas semanas. Isso fez com que o dólar apresentasse um desempenho menos robusto em mercados internacionais.

Em meio a esses acontecimentos, os mercados internacionais também observam os contínuos ataques entre Israel e Irã, que já se prolongam por oito dias. Nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que planeja se reunir em Genebra com representantes europeus. O objetivo é buscar uma solução diplomática para o conflito, embora tenha ressaltado que o Irã não negociará enquanto Israel continuar seus ataques.

Essa reunião marcada em Genebra será a primeira entre autoridades ocidentais e iranianas desde o início das hostilidades na semana anterior.

Os investidores estão ajustando suas posições cambiais na expectativa de um aumento nos fluxos de capitais. Anticipa-se que exportadores possam voltar a vender dólares devido à recente alta nos preços do minério de ferro e do petróleo WTI em Nova Iorque, especialmente após o feriado nos Estados Unidos na quinta-feira.