Equipos sofrerão com o calor nos EUA; FIFA irá proteger no Mundial?

Calor Extremamente Alto Afeta a Copa do Mundo de Clubes nos EUA
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No último sábado, em Miami Gardens, na Flórida, a temperatura chegou a 33 °C durante a Copa do Mundo de Clubes, e a situação gerou preocupação. Muitos torcedores, expostos ao sol forte, enfrentaram dificuldades para acessar o Hard Rock Stadium. Um idoso, sentindo o calor, precisou de descanso em uma cadeira, enquanto uma criança se deitou no chão, necessitando de água para se refrescar.
Os jogadores também sentiram os efeitos do calor. Após a vitória do Paris Saint-Germain sobre o Atlético de Madrid por 4 a 0 no dia seguinte em Pasadena, o técnico do PSG, Luis Enrique, comentou que "os times estão sofrendo". Marcos Llorente, meio-campista do Atlético, afirmou que "é impossível jogar com um calor terrível" e relatou dores nos pés, tornando a situação ainda mais complicada. Vitinha, do PSG, também mencionou que estava "vermelho" e que a partida foi muito difícil.
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A Copa do Mundo de Clubes serve de alerta para a Copa do Mundo de 2026, que será realizada em 11 estádios nos Estados Unidos, além de dois no Canadá e três no México. Dentre os 16 estádios, cinco são cobertos, mas os demais são ao ar livre, o que aumenta a exposição ao calor. Estima-se que, em julho, durante o evento, as temperaturas podem girar em torno dos 32 °C, com alta umidade em várias cidades.
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O torneio atual já enfrenta desafios com os altos índices de temperatura. Para os jogos programados para a próxima semana, como Juventus contra Wydad em Filadélfia, as temperaturas devem chegar a 35 °C, enquanto jogos em New Jersey e Filadélfia podem registrar até 39 °C. Jogadores e torcedores relataram dificuldades sob o sol escaldante. Llorente destacou que "nenhum time europeu está acostumado a competir em temperaturas tão altas".
Os goleiros também não ficaram imunes ao calor. Anatoliy Trubin, do Benfica, sentiu que nunca havia experimentado um calor como aquele, especialmente durante o empate com o Boca Juniors em Miami Gardens.
A programação dos jogos, muitas vezes escolhida com foco em horários favoráveis para a televisão, leva em conta a audiência internacional, mas ignora o bem-estar dos jogadores e torcedores. Em dias quentes, as partidas são feitas em horários muito cedo ou tarde, piorando as condições para todos no estádio.
Durante as partidas, é comum que os jogadores recebam intervalos para hidratação, nos quais utilizam toalhas frias para se refrescar. Contudo, especialistas expressam preocupação de que essas pausas sejam insuficientes para garantir a saúde dos atletas.
Eventos anteriores, como a Copa América, mostraram o perigo do calor excessivo em competições esportivas. É importante que medidas sejam pensadas para proteger a saúde de jogadores e torcedores, principalmente em um torneio global como a Copa do Mundo.
A FIFA ainda não respondeu sobre quais medidas adicionais estão sendo planejadas para garantir a segurança e o conforto em meio a essa onda de calor intenso que deve ocorrer em várias cidades durante a competição. Com o início da temporada e a acumulação de jogos, os atletas buscam se adaptar e se recuperar ao máximo para enfrentar os desafios impostos pelo clima.
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