Israel mantém uma política de ambiguidade nuclear, não confirmando nem negando oficialmente a posse de armas nucleares. Essa estratégia gera incerteza sobre o tamanho e as capacidades do arsenal nuclear do país. De acordo com um relatório recente do Sipri, que analisa a corrida armamentista em todo o mundo, as armas nucleares de Israel são classificadas como armazenadas, o que significa que não estão prontamente disponíveis em lançadores para disparos. Em contraste, países como Rússia, Estados Unidos, China, França e Reino Unido possuem armas nucleares prontas para uso imediato.
O desenvolvimento do programa de armas nucleares de Israel teria começado pouco após a Segunda Guerra Mundial, especificamente após o Holocausto. Naquela época, o governo israelense buscava formas de garantir a segurança do recém-estabelecido Estado Judeu. Segundo informações de especialistas, incluindo o think tank Basic, a França teve um papel crucial no início desse programa nuclear.
O país europeu teria fornecido equipamentos e contribuído para a construção de uma usina nuclear em Dimona, localizada no sul de Israel. Essa usina foi erguida em segredo e sem supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o que levanta questões sobre a transparência e a segurança do programa nuclear de Israel. Com essa abordagem, o governo israelense busca manter sua capacidade de defesa em um ambiente regional muitas vezes instável e perigoso.
