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Trump enfrenta dilema: Israel busca mais apoio dos EUA contra Irã

Trump Comunica Posição sobre Conflito entre Israel e Irã

Na última terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações significativas sobre o conflito atual entre Israel e Irã. Ele afirmou saber onde se encontra o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, e que, neste momento, não planeja uma ação letal contra ele. “Não vamos tirá-lo do caminho (matar!); pelo menos não por enquanto”, disse Trump em uma postagem nas redes sociais.

Trump também pediu a rendição incondicional do Irã, à medida que o conflito se intensifica após cinco dias de bombardeios israelenses. Em suas palavras, ele expressou preocupação com os ataques que podem atingir civis e soldados americanos. “Nossa paciência está se esgotando”, acrescentou Trump.

Essas declarações surgem após um retorno apressado de Trump à Casa Branca, interrompendo sua participação em uma cúpula internacional para se reunir com sua equipe de segurança nacional e lidar com a crise. Ele havia anteriormente sugerido que os 9,5 milhões de iranianos deveriam evacuar suas áreas por questões de segurança.

A conta do presidente no X noticiou também que os EUA têm controle sobre os céus de Teerã. No entanto, um oficial americano revelou que Trump recusou um plano apresentado por Israel para eliminar Khamenei, preocupando-se que isso poderia escalar ainda mais o conflito e desestabilizar a região.

Durante os primeiros dias do conflito, Israel realizou ataques aéreos, causando danos significativos ao Irã, e acredita que pode ter agora a oportunidade de prejudicar permanentemente o programa nuclear iraniano. Para isso, alguns assessores sugerem que os EUA poderiam fornecer apoio militar direto, como bombas que penetrariam em instalações nucleares fortificadas. Porém, esse envolvimento direto teria grandes riscos políticos para Trump.

Com a situação crítica, o Departamento de Estado dos EUA criou uma força-tarefa para ajudar americanos que desejam deixar Israel e outros países do Oriente Médio, onde, no momento, vivem cerca de 700 mil cidadãos americanos, muitos deles com dupla cidadania. Apesar disso, não há planos de evacuação em massa até agora.

Trump deixou a cúpula do G7 um dia antes para se concentrar na crise, e durante suas declarações, demonstrou frustração com a falta de acordo por parte do Irã. Ele mencionou que a posição dos EUA é clara: um “fim real” ao conflito e a complete renúncia do programa nuclear iraniano.

A administração americana tem se reposicionado no Oriente Médio, mobilizando navios de guerra e aeronaves para responder a qualquer agravamento entre Israel e Irã. Enquanto isso, o apoio a Israel se intensifica, com a decisão de bombardear alvos relacionados ao programa nuclear iraniano persistindo até que o governo israelense considere que a ameaça nuclear foi neutralizada.

Todavia, a escalada de envolvimento americano gera descontentamento entre membros do próprio partido de Trump, com críticas sobre uma possível traição aos eleitores que apoiaram sua decisão de não ampliar a presença militar dos EUA em conflitos estrangeiros. Alguns seguidores de Trump pedem para que o presidente permaneça firme na promessa de não se envolver em guerras intermináveis.

Os dias seguintes serão cruciais na definição do caminho que os EUA e Israel seguirão nesta crise, enquanto o governo continua a avaliar as opções diante de um cenário de crescente tensão regional.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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