Mudanças nas buscas online e o que ainda importa para marcas

Nos últimos anos, a forma como marcas se destacam nas buscas online mudou significativamente, especialmente em relação à posição que ocupam nos resultados do Google. O objetivo das empresas sempre foi ter destaque na primeira página e, assim, conquistar cliques. No entanto, essa dinâmica passou por uma transformação com a introdução de resumos gerados por inteligência artificial, conhecidos como AI Overviews.
Um sinal claro dessa mudança ocorreu em 7 de maio, quando Eddy Cue, vice-presidente de serviços da Apple, revelou que a empresa está considerando deixar o Google como o buscador padrão do navegador Safari. Em vez disso, a Apple planeja adotar serviços de busca que utilizem inteligência artificial. Cue afirmou ainda que, pela primeira vez em 20 anos, o volume de pesquisas no Safari registrou queda em abril, refletindo o crescente uso de ferramentas de IA pelos usuários.
Nesta nova realidade, as marcas precisam se adaptar e participar das conversas que acontecem não só no Google, mas também em assistentes de inteligência artificial como ChatGPT, Perplexity e Gemini. A métrica de sucesso também mudou, pois nem sempre os usuários clicam em um link.
Em termos técnicos, estamos migrando do SEO (Search Engine Optimization ou Otimização para Motores de Busca) para o GEO (Generative Engine Optimization ou Otimização para Motores Generativos). A diferenciação é clara: SEO busca otimizar sites para aparecer nas primeiras páginas do Google, através de palavras-chave e backlinks, enquanto o GEO busca garantir que as informações sejam notadas e utilizadas por sistemas de busca que operam com inteligência artificial. Essas ferramentas fornecem respostas que combinam várias fontes, e é essencial que a marca esteja incluída nelas.
Letícia Bernardino, especialista em SEO, destaca que é crucial otimizar conteúdos para que possam ser bem interpretados e citados pela inteligência artificial. Nesse contexto, as marcas que se tornarem referências nesse novo cenário terão mais visibilidade, já que os assistentes de IA tendem a reutilizar informações de fontes confiáveis. A utilização de dados verificáveis e citações de especialistas também aumenta a credibilidade.
Entretanto, é importante ressaltar que o GEO não substitui o SEO. O marketing digital eficaz ainda precisa garantir a presença das marcas tanto nas respostas geradas por assistentes de IA quanto nos resultados de busca tradicionais. O ranking do Google continua relevante e deve ser considerado nas estratégias.
Adicionalmente, o comportamento dos consumidores está mudando, com muitos buscando diretamente nas redes sociais, como TikTok, ou em marketplaces como Amazon e Mercado Livre. Isso gera uma nova transformação no marketing digital, tornando as estratégias de SEO cada vez mais específicas. Cada plataforma, com seu próprio algoritmo, requer uma otimização particular. A demanda por serviços de SEO voltados para o TikTok, que melhora a visibilidade de conteúdos nas pesquisas e na seção “For You Page”, tem crescido significativamente.
Assim, a evolução do cenário digital é constante, e as diretrizes tradicionais de SEO estão se adaptando para se manter relevantes frente às novas tecnologias. É um ambiente em transformação onde adaptação e inovação são essenciais.