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Fãs de velozes e furiosos podem receber MULTA e ter o veículo apreendido? entenda a polêmica!

A adrenalina de assistir a uma corrida eletrizante em filmes como Velozes e Furiosos ou nas pistas da Fórmula 1 desperta uma emoção contagiante. Mas quando essa empolgação ultrapassa a tela e vai parar nas ruas, os riscos — e as penalidades — são bem reais.

Muitos motoristas, embalados por esse fascínio pela velocidade, acabam se envolvendo em disputas imprudentes no trânsito. O problema é que o Código de Trânsito Brasileiro não vê isso como uma simples “brincadeira” — e sim como uma infração gravíssima.

O artigo 173 da lei é claro: disputar corrida em vias públicas pode gerar multa multiplicada por dez, suspensão da CNH e até apreensão do veículo. Não é sobre curtir filmes de ação — é sobre colocar vidas em risco no mundo real.

Corridas ilegais é crime e multa é pesada

Disputar corrida na rua não é cena de filme, é infração gravíssima

Diferente do que muitos pensam, a legislação não pune apenas rachas organizados ou com apostas. Qualquer disputa de velocidade entre dois veículos, mesmo que não haja dinheiro envolvido, já caracteriza infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro.

A penalidade é pesada: multa multiplicada por dez (ou seja, mais de R$ 2.900), suspensão imediata do direito de dirigir, apreensão do veículo e recolhimento da CNH. E se houver reincidência em menos de um ano, a multa é aplicada em dobro.

A lei não faz distinção entre quem inicia a corrida e quem apenas “entra na onda” e acelera junto. Basta disputar espaço ou velocidade com outro carro para configurar a infração. E hoje em dia, com câmeras e denúncias, a chance de ser flagrado é alta.

Por trás de toda essa rigidez está a tentativa de preservar vidas — afinal, alta velocidade em ambientes urbanos multiplica as chances de acidentes fatais, envolvendo não apenas os motoristas, mas também pedestres e outros condutores inocentes.

A ilusão da velocidade: por que esse comportamento atrai?

Existe um apelo emocional por trás da ideia de correr: sensação de poder, adrenalina, desafio. Muitos motoristas, especialmente jovens, se sentem invencíveis ao acelerar e “mostrar quem manda” no volante. É quase uma forma de autoafirmação.

Os filmes e jogos acabam reforçando essa ideia de que correr é sinônimo de coragem, inteligência e habilidade. Mas nas ruas reais, o cenário é bem diferente: curvas mal calculadas, trânsito imprevisível e falta de controle transformam segundos de empolgação em tragédia.

Além disso, há a pressão do grupo. É comum em encontros de carros, “rolês” e até em redes sociais, os motoristas se desafiarem, querendo provar quem tem o carro mais potente ou dirige melhor. Um comportamento que, na prática, pode custar a vida.

É preciso entender que coragem de verdade está em saber parar, pensar e respeitar os limites da via — e da própria vida. Velocidade não mede habilidade, e sim o tamanho do risco que se está disposto a correr (ou impor aos outros).

Como evitar cair nessa cilada — e o que fazer se for abordado

O primeiro passo é reconhecer que esse tipo de comportamento é ilegal e extremamente perigoso. Mesmo que a disputa pareça “inofensiva” ou “só por diversão”, ela carrega consequências gravíssimas — tanto legais quanto humanas.

Se você estiver com amigos que sugerirem uma corrida, seja firme ao recusar. E se presenciar esse tipo de situação no trânsito, o melhor é manter distância e, se possível, anotar a placa e denunciar. Conivência também alimenta esse tipo de atitude.

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Caso você seja parado pela fiscalização após ter participado de uma corrida, o veículo será removido e a habilitação recolhida na hora. Nesse caso, tentar justificar dizendo que “foi sem querer” ou “apenas acelerou um pouco” não muda nada: a infração já está configurada.

A dica de ouro é simples e direta: use o carro como meio de transporte, não como brinquedo de competição. Existem locais próprios para correr, como autódromos e pistas de kart — onde a adrenalina é liberada com segurança e sem infringir a lei.

Diego Marques

Tenho 23 anos e sou de Sobral (cidade onde foi comprovada a teoria da relatividade em 1919), atualmente, estou terminando a faculdade de enfermagem e trabalhando na redação de artigos, através das palavras, busco ajudar o máximo de usuários possíveis.

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