Tricia McLaughlin, secretária assistente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, criticou duramente a atriz Hannah Einbinder, conhecida pelo seu papel na série “Hacks”, após suas declarações polêmicas durante a cerimônia do Emmy. Ao receber o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Comédia no domingo, Einbinder finalizou seu discurso com um comentário negativo sobre a Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE), dizendo que deveria “f… a ICE e libertar a Palestina.”
A declaração foi muito comentada e foi censurada durante a transmissão ao vivo da CBS. Em uma declaração feita na segunda-feira, McLaughlin chamou a fala de Einbinder de “feia” e expressou sua preocupação quanto ao impacto dessas palavras. Segundo ela, esse tipo de comentário tem contribuído para um aumento significativo na violência contra agentes do ICE, que estariam enfrentando um crescimento de mil por cento nos ataques.
A secretária enfatizou que, enquanto a atriz alimenta o ódio, os agentes da lei continuam a fazer seu trabalho de proteger a população e cumprir a lei. McLaughlin também destacou a bravura desses profissionais diante de um cenário tão hostil.
Após a cerimônia, Einbinder explicou a razão por trás de sua referência à Palestina. Em uma conversa com repórteres, ela disse que o assunto é muito importante para ela, já que possui amigos em Gaza que estão trabalhando para ajudar mulheres grávidas e crianças. A atriz ressaltou sua posição como judia, enfatizando a necessidade de separar os judeus do estado de Israel, e defendeu o boicote como uma forma de pressão política.
O evento do Emmy, que ocorreu em 14 de setembro de 2025, foi marcado por outras manifestações políticas. Apesar de Nate Bargatze, o apresentador da cerimônia, ter evitado abordar política, alguns vencedores e apresentadores, como Einbinder, usaram sua visibilidade para trazer à tona questões importantes.
Cris Abrego, presidente da Academia de Televisão, também fez um discurso durante a premiação, criticando os cortes de verba do governo Trump ao PBS. Ele falou sobre o poder da narrativa para unir as pessoas em um momento de divisões sociais, afirmando que todos deveriam utilizar esse poder de forma responsável para promover a inclusão e a empatia nas relações humanas.
