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Robert Redford, ator e diretor, morre aos 89 anos

Robert Redford, renomado ator e diretor ganhador do Oscar, faleceu no dia 16 de setembro de 2025, em sua casa em Sundance, Utah, aos 89 anos. A confirmação da morte foi feita por sua assessora, Cindi Berger, que destacou que ele estava cercado por seus entes queridos em seu lugar favorito.

Redford ficou famoso por seus papéis em clássicos como “Butch Cassidy and the Sundance Kid” e “Todos os Homens do Presidente”. Além de atuar, ele dirigiu filmes aclamados, como “Gente Comum” e “Um Rio Chamado Pecado”. Sua paixão pelo cinema o levou a fundar o Sundance Institute, uma organização sem fins lucrativos que promove o cinema e o teatro independentes, conhecida principalmente pelo Festival de Cinema de Sundance, realizado anualmente.

Ele também foi um fervoroso defensor do meio ambiente. Desde 1961, quando se mudou para Utah, Redford se dedicou a preservar as paisagens naturais da região e do Oeste americano. Em 2020, ele expressou preocupações sobre as mudanças climáticas, especialmente em meio a incêndios florestais devastadores.

Redford também teve uma vida pessoal marcada por tragédias. Em 2020, seu filho David, que seguia os passos do pai como cineasta e ativista, faleceu de câncer. Redford nasceu em Santa Monica, Califórnia, em 1936, e cresceu em uma família humilde. Seu pai trabalhava como leiteiro e contado, e sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 18 anos.

Após uma juventude difícil e de vários desafios, Redford conseguiu uma bolsa para jogar beisebol na Universidade do Colorado, mas abandonou os estudos devido a problemas com álcool. Decidiu então viajar para a Europa, onde se dedicou a seus estudos artísticos. Quando retornou aos Estados Unidos, se formou na Academia Americana de Artes Dramáticas e começou sua carreira como ator.

Ele obteve seu grande destaque em 1963, na peça “Descalço no Parque”, na Broadway, e mais tarde no cinema. Durante os anos 70, Redford se tornou uma das figuras mais proeminentes de Hollywood, estrelando uma série de sucessos de bilheteria. Ele também se destacou como cineasta, enfrentando os estúdios para garantir que suas visões artísticas fossem mantidas.

O filme “Jeremiah Johnson”, por exemplo, foi um projeto que enfrentou inúmeras dificuldades antes de se tornar um sucesso, arrecadando quase 45 milhões de dólares. Redford não hesitou em criticar as expectativas da indústria cinematográfica sobre o que funcionava ou não nas telas.

Em sua carreira de diretor, Redford conquistou um Oscar por “Gente Comum” e dirigiu filmes como “O Pássaro do Oriente” e “A Última Fala”. Apesar de ser rotulado como um galã de Hollywood, ele sempre buscou papéis variados e desafiadores. Redford fundou o Sundance Institute em 1981, comprometendo-se a apoiar novas vozes no cinema e a proteger o meio ambiente.

Em 2002, sua contribuição ao cinema foi reconhecida com um Oscar honorário. Mesmo em seus últimos anos, Redford continuou a se dedicar ao cinema e às causas ambientais, sempre buscando novas formas de contribuir. Ele expressou a importância de viver plenamente, dizendo que queria aproveitar ao máximo o que tinha sido dado a ele.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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