Automotivo

Pesquisa revela falhas em assistentes de condução

Os sistemas de assistência ao motorista têm gerado muitas discussões entre os motoristas, não é mesmo? Se você já tentou usar a assistência de frenagem de emergência, o aviso de saída de faixa ou até mesmo a assistência inteligente de velocidade, talvez tenha notado que, desde julho de 2024, esses sistemas são obrigatórios em carros novos na Europa e começam a aparecer mais frequentemente aqui no Brasil.

A verdade é que muitos motoristas reclamam. O sistema de aviso de velocidade é um dos mais citados, com seus bipes incessantes que, vamos combinar, podem ser irritantes. E se você já tentou desligar esses sistemas enquanto dirigia, sabe o quanto isso pode ser complicado. Um levantamento feito pela Civey mostra que dois terços dos motoristas acreditam que esses assistentes aumentam a segurança na direção, mas, ao mesmo tempo, muitos ficam em dúvida sobre a confiabilidade e a praticidade deles.

Para piorar, a pesquisa revelou que quatro em cada dez motoristas que usam esses sistemas encontraram problemas de funcionamento. E não é só isso: quase 25% se sentiram mais prejudicados do que ajudados. É aquela sensação de que os assistentes, em vez de facilitar, acabam deixando a direção mais estressante.

ACV pede tecnologia que realmente funcione

O ACV (Automóvel-Club Verkehr) apoia a implementação desses sistemas, mas faz um pedido bem claro: a tecnologia deve ser confiável e prática. Holger Küster, o diretor do ACV, destaca que “os sistemas de assistência podem salvar vidas, mas isso só acontece se forem bem treinados para diversas situações do dia a dia”. Ou seja, isso deve ser feito em laboratório e testes controlados antes de chegarem às ruas.

Desde que a regulamentação da União Europeia entrou em vigor, o ACV tem alertado que esses sistemas não devem distrair ou sobrecarregar os motoristas. Um bom exemplo é o assistente inteligente de velocidade. Às vezes, ele pode identificar mal os sinais de trânsito e mostrar limites de velocidade errados. Isso não ajuda nem um pouco.

Confiabilidade é chave

A desconfiança que surge devido a falhas nos sistemas é um problema real. Dados do ACV mostram que aproximadamente 41% dos motoristas têm dúvidas sobre a confiabilidade desses assistentes, enquanto 39% afirmam confiar na maioria das vezes. Para Küster, isso é preocupante: “Se os sistemas não funcionam corretamente, muitos motoristas acabam desativando-os, perdendo assim um potencial de segurança valioso.” É fundamental que esses assistentes inspirem confiança para que sejam usados de maneira contínua.

Vamos ser sinceros: quem já passou horas no trânsito, como em uma sexta-feira à noite ou no horário de pico, sabe o quanto um sistema que realmente funcione pode fazer a diferença. A verdade é que ainda temos um longo caminho pela frente para que esses modernos assistentes façam o que realmente se propõem: ajudar e proteger nas estradas.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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