Notícias Agora

Governo Lula critica ameaça dos EUA de ação militar

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, respondeu a uma declaração do governo dos Estados Unidos, que mencionou a possibilidade de ação militar contra o Brasil. Isso ocorreu durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil expressou sua condenação ao uso de sanções econômicas e ameaças à democracia.

A nota enfatiza que o governo não se deixará intimidar por ataques à soberania nacional e condena tentativas de grupos antidemocráticos de envolver potências estrangeiras para pressionar as instituições brasileiras. Além disso, destaca que proteger a liberdade de expressão começa por defender a democracia e respeitar as decisões populares nas urnas.

Nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sugeriu que a declaração dos EUA é parte de uma conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil. Ela afirmou que a ameaça de intervenção militar visava garantir a liberdade de Bolsonaro em relação a suas possíveis condenações.

Outro membro do governo classificou como ridículo o argumento de defesa da liberdade de expressão, citando manifestações em que apoiadores de Bolsonaro exibiram bandeiras dos Estados Unidos em protestos contra Lula e o Judiciário.

Um assessor de Lula mencionou que, devido à gravidade da declaração, o Itamaraty deve se pronunciar e que os parlamentares deverão responder às ameaças da Casa Branca. O presidente Lula, que estava se deslocando para Brasília após compromissos em Manaus, se manifestará em breve sobre a situação.

Um diplomata brasileiro admitiu que havia uma expectativa de reações por parte dos Estados Unidos, mas não se sabe como será a resposta do governo Trump, que é considerado imprevisível.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Trump aplicou tarifas e sanções ao Brasil em nome da defesa da liberdade de expressão, assegurando que o país não hesitará em utilizar seu poder econômico e militar para protegê-la. Esse comentário se deu em uma coletiva de imprensa quando ela foi perguntada sobre possíveis novas sanções ao Brasil relacionadas ao julgamento de Bolsonaro.

No entanto, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil republicou um vídeo da coletiva, mas omitiu o trecho sobre o uso da força militar.

Gleisi Hoffmann continuou a criticar a situação, afirmando que a intervenção dos EUA contra o Brasil para libertar Bolsonaro é inaceitável e que isso contraria a própria ideia de liberdade de expressão. Ela ainda pediu a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro, que se afastou da Câmara para auxiliar na defesa do pai no exterior.

Leavitt finalizou sua fala afirmando que a proteção dos interesses dos Estados Unidos e a defesa da liberdade de expressão são prioridades para a administração, reiterando que Trump está preparado para agir, se necessário, em qualquer parte do mundo.

Essas declarações e ações estão ocorrendo em um contexto tenso, com o STF julgando Bolsonaro e outros acusados de tentativas de obstruir a posse de Lula na Presidência.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo