Notícias Agora

Mercados abrem em alta; Apple, Nvidia e dados de empregos em foco

Os futuros das ações estavam em alta na manhã de terça-feira, enquanto investidores aguardavam dados importantes sobre emprego e inflação, além do esperado evento de lançamento de produtos da Apple.

Os futuros do índice Dow Jones, que mede o desempenho das ações de grandes empresas, estavam quase estáveis no início do dia. Já os futuros do S&P 500 subiram 0,1%, e os do Nasdaq, que concentra muitas ações de tecnologia, apontaram um aumento de 0,2%. Esses números indicam que o setor de tecnologia deve continuar a liderar a alta do mercado, especialmente após o fechamento de segunda-feira, que registrou um recorde histórico. O evento anual da Apple, que acontece também na terça-feira, pode ser um fator adicional para impulsionar o setor.

Na sessão anterior, todos os três índices principais tiveram um desempenho positivo, com o S&P 500 alcançando níveis muito próximos de um novo recorde.

Os investidores estão otimistas com a possibilidade de cortes nas taxas de juros, mas alguns dados que serão divulgados nos próximos dias são fundamentais para entender melhor o cenário econômico. O primeiro deles será a revisão dos dados de emprego, que será divulgada nesta manhã.

O Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos deve apresentar números que mostram revisões preliminares no crescimento do emprego para o período de 12 meses encerrados em março de 2025. Essas revisões podem reverter a ideia de que o mercado de trabalho estava forte ao longo do ano passado.

Economistas de grandes instituições financeiras, como Goldman Sachs e JPMorgan, esperam que os dados indiquem uma redução nos ganhos de emprego em até 900 mil postos ao longo do ano, o que equivale a uma média de 74 mil por mês. Isso significa que, em alguns meses, a criação de empregos pode ter sido negativa. Atualmente, o ganho mensal de empregos registrado é de aproximadamente 149 mil.

Essas revisões podem contribuir para um quadro econômico mais desfavorável, especialmente após um relatório de empregos fraco na última sexta-feira, que levou as ações a uma queda. Os dados de inflação, que serão divulgados ainda esta semana, também são esperados com ansiedade. O índice de preços ao produtor será divulgado na quarta-feira, seguido pelo índice de preços ao consumidor na quinta-feira. Ambos os índices podem influenciar as decisões do Federal Reserve, o banco central dos EUA, sobre as taxas de juros.

A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do banco central em setembro. No entanto, agora se considera, com maior chance, a possibilidade de um corte maior, de 0,50 ponto. Atualmente, o mercado atribui pouco mais de 10% de chances a essa possibilidade, um aumento significativo em relação à semana anterior, quando essa possibilidade era considerada inexistente.

Um economista sênior, Jose Torres, afirmou que uma grande redução no número de empregados, combinada com um resultado abaixo do esperado no índice de preços ao consumidor, pode aumentar a probabilidade de um corte maior nas taxas de juros. Ele comentou que o mercado antecipa cortes totais de cerca de 75 pontos base este ano, com a reunião deste mês possivelmente trazendo um corte especialmente grande, caso as revisões de empregos indiquem uma redução significativa no número total de trabalhadores.

Na área das ações, o foco estará na Apple, que está prestes a lançar novos produtos. Os investidores estão em busca de novidades que possam estimular a atualização de dispositivos. Qualquer surpresa pode impactar significativamente as ações da empresa e impulsionar o rally no setor de tecnologia.

Além disso, o dólar sofreu as consequências do relatório de empregos fraco de sexta-feira, caindo para seu nível mais baixo em quase sete semanas em relação a uma cesta de moedas. Com as revisões dos dados de emprego, a moeda pode enfrentar mais desafios. Na manhã de terça-feira, o índice do dólar caiu para 97,259.

No mercado de títulos, o rendimento dos títulos de dois anos subiu 0,8 ponto base, alcançando 3,502%. O rendimento dos títulos de dez anos subiu 0,7 ponto base para 4,051%, enquanto o rendimento dos títulos de trinta anos aumentou 0,9 ponto base, atingindo 4,698%.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo