Notícias do Acre

Polícia retoma prisão de suspeito de chefiar plano de ataque ao show de Lady Gaga

Um homem de 49 anos, identificado como Luiz Fabiano da Silva, foi detido novamente nesta segunda-feira (5 de maio) sob a suspeita de ser um dos chefes de um plano para realizar um atentado durante um show da artista Lady Gaga, que aconteceu no último sábado (3 de maio) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Esta foi a segunda prisão de Silva em um período de dois dias. Ele foi preso em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, como parte da Operação Fake Monster, conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. No domingo (4 de maio), a juíza Fabiana Pagel, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, decretou sua prisão preventiva, considerando a gravidade das acusações.

Na manhã de sábado, Silva havia sido preso em flagrante durante uma operação de busca e apreensão. Na ocasião, ele não tinha um mandado de prisão, mas foi encontrado com três armas de fogo em sua posse, o que motivou a detenção. Silva pagou fiança de um salário mínimo, equivalente a R$ 1.518, e foi liberado, mas não compareceu à audiência de custódia.

A juíza destacou que, apesar de não ter sido encontrado material explosivo em sua posse, sua ligação com atos planejados de terrorismo e discursos de ódio justifica a cautela nas medidas contra ele. Na decisão, a magistrada afirmou que a disseminação de ideias preconceituosas alimenta a violência e a intolerância, tornando a prisão preventiva necessária.

A segunda prisão de Silva ocorreu por volta das 12h30min na sua casa, localizada no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, onde ele estava com a esposa. Além dele, outros dois suspeitos de São Sebastião do Caí também foram alvos de mandados de busca no mesmo dia.

Os policiais que trabalham na investigação informaram que Silva e um adolescente apreendido no Rio de Janeiro são considerados líderes de um grupo que teria pelo menos seis membros. Este grupo estava utilizando a plataforma Discord, comum entre jogadores, para planejar o atentado, que tinha como alvos o público do show, especialmente crianças, adolescentes e a comunidade LGBT+.

O show atraiu mais de 2 milhões de pessoas, segundo estimativas. Os suspeitos teriam recrutado voluntários, incluindo adolescentes, para participar do ataque, que poderia envolver bombas artesanais e coquetéis molotov escondidos em mochilas.

Embora ainda não haja confirmação de que alguém do grupo tivesse adquirido passagens para o show, os investigadores alertaram para a facilidade de se produzir materiais explosivos simples, como coquetéis molotov, sem necessidade de planejamento prévio.

Durante a operação, além dos mandados de busca nos estados do Rio Grande do Sul e em outros estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e anotações que passarão por análise.

A investigação foi desencadeada após uma denúncia recebida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, levando a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Civil do Rio a assumirem os esforços para colher mais informações e realizar as buscas, que foram agendadas para não causar pânico durante o evento.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo