Ibovespa atinge recorde e dólar recua com corte de juros nos EUA
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou a semana em alta nesta sexta-feira, dia 5. O índice renovou suas máximas históricas, embora não tenha conseguido manter a marca de 143 mil pontos, que foi alcançada em um momento do pregão. Essa valorização se deu após a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos, que aumentaram as expectativas de uma possível queda na taxa de juros na maior economia do mundo em setembro. Durante o mesmo dia, o dólar também teve queda.
No fechamento do dia, o Ibovespa subiu 1,17%, alcançando 142.640,14 pontos. Ao longo da semana, esse índice teve um crescimento acumulado de 0,9%.
Em relação à moeda norte-americana, o dólar comercial fechou com uma desvalorização de 0,61%, sendo cotado a R$ 5,4139. Nos últimos três dias, a moeda dos EUA registrou uma queda de 1,11%. No acumulado da semana, o dólar teve um recuo de 0,15%, e no total do ano, a desvalorização é de 12,38%.
A expectativa de redução nos juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, aumentou após a divulgação de dados de empregos. Em agosto, foram criadas apenas 22.000 novas vagas de trabalho fora do setor agrícola, enquanto em julho o número foi revisado para cima, para 79.000 empregos. A taxa de desemprego também apresentou um leve aumento, passando de 4,2% em julho para 4,3% em agosto.
Esses dados econômicos indicam que a economia dos Estados Unidos está enfrentando dificuldades, impactada pelas altas taxas de juros, o que sugere que o Federal Reserve pode adotar uma política monetária mais flexível.
Após essa divulgação, os rendimentos dos títulos do governo americano, conhecidos como Treasuries, caíram significativamente. Isso reforçou a interpretação de que a possibilidade de corte de juros pelo Fed neste mês está em aberto.
Com essa perspectiva de diminuição nas taxas de juros nos EUA, o dólar se desvalorizou não apenas em relação ao real, mas também frente a outras moedas internacionais.