O advogado do general Walter Braga Netto, José Luís Oliveira Lima, declarou que confia na absolvição de seu cliente no julgamento relacionado a um suposto golpe de Estado. O general está preso desde dezembro de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a prisão de Braga Netto seja mantida, afirmando que não surgiram novas evidências que justifiquem a liberação do general. Segundo a PGR, continuam válidos os argumentos que fundamentaram a decisão de mantê-lo em custódia.
Ao chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o início do julgamento, o advogado Lima, conhecido como Juca, comentou sobre o clima que rodeia a situação. Ele afirmou que ouviu rumores de que as condenações já estariam decididas, mas insistiu em sua confiança nas provas e nos documentos disponíveis para a defesa. O advogado acredita que, após estudar o processo, seu cliente será absolvido.
Braga Netto, que é general da reserva, foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e enfrenta a acusação de ter obstruído uma investigação sobre a tentativa de golpe, que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 6 de setembro passado, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão do general, reafirmando a existência de indícios da participação dele na suposta tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro. Em um recurso recente que foi negado, Moraes comparou a situação de Braga Netto à de Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar, e concluiu que as circunstâncias eram diferentes.
A defesa do general já apresentou outros pedidos de soltura, todos negados até o momento. No último agravo regimental, os advogados argumentaram que a justificativa do ministro não é válida, buscando reverter a decisão de manutenção da prisão. A expectativa agora é pelo desfecho do julgamento, onde Braga Netto é um dos réus do núcleo central do caso.
