Dados recentes do Ministério da Fazenda revelam como os brasileiros estão gastando com casas de apostas online, conhecidas como "bets". No primeiro semestre de 2025, a média de gastos de cada apostador foi de R$ 983, o que corresponde a aproximadamente R$ 164 por mês.
Esse montante levanta uma questão importante: o que aconteceria se esse dinheiro fosse investido em vez de ser utilizado em apostas? Ao longo de um ano, esse valor poderia se transformar em uma soma significativa. Um especialista em finanças, Jeff Patzlaff, calculou que, ao investir R$ 164 todos os meses, ao final de 12 meses, o total acumulado poderia ultrapassar R$ 2,1 mil. Dessa forma, o apostador não apenas recuperaria o que gastou, mas também obteria um rendimento extra.
A seguir, é possível observar os retornos de diferentes investimentos após um ano, considerando o total investido de R$ 1.968 (R$ 164 por mês durante 12 meses):
- Tesouro Selic: R$ 2.100,74 acumulado, com um retorno líquido de R$ 105,31.
- Tesouro IPCA: R$ 2.074,98 acumulado, gerando um retorno líquido de R$ 97,53.
- CDB 100% do CDI: R$ 2.099,03 acumulado, com um retorno líquido de R$ 108,10.
É importante ressaltar que as apostas online geralmente resultam em perdas, pois a maioria dos apostadores acaba não obtendo retorno financeiro. Contar com os ganhos de apostas para formar uma renda ou alcançar objetivos financeiros pode ser uma estratégia arriscada e insustentável.
Por outro lado, investimentos em opções seguras, como o Tesouro Direto e CDBs, permitem que o dinheiro cresça de forma confiável ao longo do tempo. Redirecionar o que seria gasto em apostas para essas aplicações pode transformar uma possível perda em um patrimônio que se valoriza.
Os números indicam que a disciplina financeira é mais vantajosa do que a sorte. Enquanto os R$ 164 mensais gastos em apostas podem facilmente levar a prejuízos, se esse valor for investido, o retorno pode ser considerável, permitindo que o investidor termine o ano com mais de R$ 2 mil guardados.
Além disso, a proposta de investimento abordou apenas opções de renda fixa, que são consideradas seguras e adequadas para novos investidores. Ao investir em renda fixa, o indivíduo "empresta" seu dinheiro a instituições, recebendo em troca juros. O Tesouro Selic, por exemplo, é visto como um dos investimentos mais seguros do Brasil, pois é garantido pelo governo.
O Tesouro IPCA+ também oferece segurança, já que rende acima da inflação, garantindo que o poder de compra seja mantido. Outro produto, o CDB, emitido por bancos, oferece rentabilidade similar à taxa Selic e é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF em caso de falência do banco.
Essas opções de investimento são bons substitutos para os gastos com apostas e permitem aplicações a partir de valores baixos, começando em R$ 30.
