Governo Trump: por que o Serviço Secreto parou de proteger Kamala Harris
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu cancelar a proteção do Serviço Secreto para Kamala Harris, ex-vice-presidente do país. A informação foi comunicada por um assessor da Casa Branca, destacando que Harris tinha direito a um período de segurança de seis meses após deixar o cargo, o que aconteceu em janeiro deste ano. Este prazo legal se encerraria em julho, mas a proteção tinha sido estendida por mais um ano por uma diretriz assinada por Joe Biden.
A revogação da segurança foi formalizada em um memorando datado de 28 de agosto, que instrui o Serviço Secreto a descontinuar a proteção de Harris a partir de 1º de setembro. Essa decisão acontece em um momento crítico, já que Harris está prestes a lançar um livro intitulado “107 Dias”, que relata os eventos de sua breve e controversa campanha presidencial em 2024.
Recentemente, uma avaliação de ameaças concluiu que não havia motivos para justificar a continuidade da proteção além do que já é garantido por lei. A legislação atual permite que o Serviço Secreto garanta segurança a ex-vice-presidentes, seus cônjuges e filhos menores de 16 anos após deixarem o cargo.
Com a revogação da proteção, Harris perderá agentes de segurança designados e a cobertura de sua residência em Los Angeles, além de não ter acesso à inteligência preventiva sobre ameaças. A manutenção de uma segurança privada poderia custar milhões de dólares por ano.
A decisão gerou reações negativas, incluindo do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e da prefeita de Los Angeles, Karen Bass. Ele afirmou que essa medida representa uma forma de retaliação política e coloca a ex-vice-presidente em risco. Bass se comprometeu a garantir a segurança de Harris durante sua permanência na cidade.
Desde que voltou ao cargo em janeiro, Trump revogou proteções de várias figuras públicas, incluindo membros da família Biden e críticos de seu governo, como o ex-secretário de Estado Mike Pompeo. Harris enfrentou diversas ameaças à segurança durante seu tempo como vice-presidente, com ex-funcionários do Serviço Secreto alertando sobre o aumento dos riscos devido à sua posição histórica como a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar o cargo.
Exemplos de ameaças incluem incidentes em que indivíduos foram acusados de ameaçar a segurança de Harris e do ex-presidente Barack Obama. Trump, por sua vez, também enfrentou tentativas de assassinato, nas quais a atuação do Serviço Secreto foi crucial.
